Eduardo Côrtes, do Ministério Público de Contas, pede ao TCE/SE fiscalização pra Aquidabã, Carmópolis e Canindé. Mas, na boa?, pedido deveria servir pra toda cidade em que a oposição venceu. Entenda

Notícia bem importante: o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC/SE), vinculado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), Eduardo Côrtes, oficiou o próprio tribunal para que ocorram fiscalizações na reta final dos mandatos de Diogo de Euriquinho (PSD), em Aquidabã; de Esmeralda (PSD), em Carmópolis; e de Weldo Mariano (PT), em Canindé.

A razão, sem dúvida, foi a comprovação, inclusive via reportagem em rede nacional, de que as respectivas gestões desses três municípios estão, popularmente falando, ‘botando pra torar’ na população com uma ampla gama de serviços públicos suspensos.

A quarta cidade que apareceu na reportagem do Jornal Nacional, da Globo, foi Poço Redondo, mas Eduardo Côrtes explicou que o próprio TCE/SE, via MPC/SE, entrou em campo em tempo hábil e fez com que a prefeita e o presidente da Câmara de Vereadores do município entrassem em acordo e se fizesse um remanejamento orçamentário para garantir a continuidade dos serviços públicos municipais.

Mas o fato é que há indícios de sobra de que em praticamente todos os municípios em que a oposição venceu, os atuais mandatários estão ‘aprontando’ das suas. Lagarto é um exemplo e, na Grande Aracaju, só Deus pra proteger a população no final de mandato em duas cidades: Barra e Socorro.

Acontece que, e essa história foi contada por um dileto amigo aqui pra AnderSonsBlog – e sua identidade será mantida em sigilo pois a conversa foi pessoal e não pública –, tem gestores eleitos que não entendem bem do que se trata esse momento.

E aí, num desses casos, esse amigo da casa aqui, que é especialista dos bons em contas públicas, foi procurado pela equipe de um determinado prefeito eleito pra que fizessem uma auditoria e, com ela em punho, o prefeito pudesse ir ao TCE/SE mostrar as ‘traquinagens’ que estão sendo praticadas pela atual gestão em fim de carreira.

A resposta desse especialista, como não poderia deixar de ser, foi a de que esse caminho é inverso, pois é o TCE/SE que tem que ser provocado para que haja uma auditoria.

Assim, toda e qualquer pessoa que foi eleita e só vai descobrir o tamanho real do rombo quando assumir em 1º de janeiro de 25 – visto que essa tal de transição nem sempre ocorre de fato e de direito – deveria buscar o TCE/SE para pedir ou uma devassa nas atuais contas públicas de seu município ou, no mínimo, um acompanhamento, digamos, ‘umbilical’ de todos os atos das gestões que estão em seu final.

E não se trata de ‘caça-as bruxas’, não! O que não se pode permitir é que município nenhum tenha sua população prejudicada por conta de gestores ou gestoras irresponsáveis que colocaram o funcionamento dos serviços públicos em risco com vistas a vencer as Eleições 24.

Nem precisa desenhar, né verdade?

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