Não tem jeito: ou a gente se adapta as novas tecnologias, ou elas nos deixam pra trás! Simples assim! E isso vale pra AndersonsBlog, pra você, leitor e leitora, pras torcidas do Flamengo e do Corinthians e pra tudo quanto é empreendimento, dos gigantescos aos mais miúdos, miudinhos mesmos. É inevitável esse caminhar. Por isso que o lançamento do Desty, produto digital baseado no conceito fintech, por parte do Banese não surpreendeu esta coluna EEE. E apesar do choque de agenda, que impediu AndersonsBlog de estar presente nesse importante momento do maior agente financeiro genuinamente sergipano, o Banese, um dos cinco únicos bancos estatais estaduais do país, não seria possível ignorar e nem deixar passar batida a chegada do Desty. Assim, com base nas informações contidas no material produzido competentemente pela comunicação do Banese, EEE ressaltará alguns pontos que, na opinião de AndersonsBlog, são muito interessantes e sinalizam que o Desty – nome que, conforme explicado no release em questão, faz menção ao nosso amado Nordeste, uma bela sacada, diga-se de passagem.
Banese credencia
O fundamento primordial, mercadológico mesmo, que guiará o Desty é, sem dúvida, o próprio Banese, pois 60 anos de mercado contam muito. Dessa forma, como o que mais se vê, especialmente nas redes sociais, é uma profusão de fintechs se oferecendo geral, o Desty começa bem acima da média, pois tem o próprio Banese como referência.
Nacionalizar, sim!
Por isso que o início desse novo produto do Grupo Banese – e é bom que se frise isso, pois o Desty não é um Banese digitalizado, é um banco digital, um novo e exclusivo produto numa gama que oferta, além do Banese tradicional, a Sergipe Administradora de Cartões e Serviços (SEAC), empresa do grupo e detentora das marcas Banese Card e TKS Soluções de Pagamento – terá todas as etapas necessárias pra esse tipo de incursão mercadológica: parcerias estratégicas locais e nacionais na área tecnologia, a exemplo da Technisys, CSU e Deal; usuários iniciais, num total de 1000 convidados, para utilizar a versão Beta do Desty; e, por último, mas não menos importante, uma meta clara e objetiva a ser alcançada, que buscará milhões de usuários espalhados por todo o Brasil!
Passo a passo
Portanto, de agora até julho, esses 1000 felizardos poderão utilizar o Desty, com todos os passos intuitivos necessários para isso, como disponibilização do aplicativo em IOS e Android para a abertura digital da conta, serviços básicos como pagamentos de boletos e convênios, transferências e PIX, além de uma análise de crédito que poderá disponibilizar cartões de crédito a esses usuários, com foco primordial naqueles que compõem as classes C e D, justamente o público alvo das fintechs por aí disponíveis. Já a partir de agosto, com os necessários ajustes a partir das experiências desses usuários iniciais, o Desty será aberto pra todo mundo que desejar, sempre de forma simplificada e, como já dito, o mais intuitivamente possível.
Descaracterizar, não!
Mas uma coisa chamou a atenção de AndersonBlog e merece ser analisada nessa edição da EEE: toda a equipe responsável pelo Desty reforça insistentemente que o novo produto não nasce com o intuito de competir com o Banese, mas com a intenção de reproduzir, no ambiente virtual, características que o banco estatal sergipano possuiria, como humanização, acessibilidade e empatia, coisas que o próprio banco vende como a sergipanidade do seu modus operandi. Tudo bem, tudo certo! É justo demais que quem gestou e lançou o projeto do Desty gabe e gabarite o mesmo, por óbvio!
Resumão do AndersonsBlog
Aqui, de forma muito sincera e objetiva, AndersonsBlog não tergiversa: bancos, sejam eles digitais, sejam eles físicos e presenciais, têm muita dificuldade para humanizar suas relações com seus clientes. Dessa forma, se o Desty se espelhar no Banese pra valer, as chances de sucesso dessa tal humanização se ampliam, sim!
Resumão do AndersonsBlog 2
Afinal de contas – e apesar dos ditames mercadológicos que impuseram ao Banese um encolhimento em termos de agências funcionando pelo Estado afora –, por se tratar de um banco estatal, não há como negar que a resiliência dele, enquanto operador estadual inserido no sistema financeiro nacional, e que poderia ter sido privatizado naquela onda privatista dos bancos estaduais patrocinada durante os governos de FHC, entre 1995 e 2002, algo barrado pelo então governador Albano Franco, que impôs a não-privatização como condição “sine qua non” ao então presidente da República, ainda preserva uma relação personalíssima entre clientes e colaboradores, pois os funcionários do Banese, sejam os já aposentados, sejam os ainda na ativa, são figuras conhecidas e reconhecidas justamente pelos respectivos clientes do banco, ora pois!
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Ou seja: se o Desty encontrar uma forma de, digitalmente, reproduzir esse tipo de relação cliente/banco, nos moldes tradicional e historicamente efetuados pelo Banese, sem nenhuma dúvida se tornará um sucesso nacional e, com certeza, um exemplo a ser seguido pela comunidade financeira internacional! Aguardemos!