Numa eleição estadual em que o atual governante tem um pré-candidato definido à sua sucessão, a avaliação desse mesmo governante e de sua gestão tem impacto eleitoral decisivo. Por isso mesmo que o instituto Paraná Pesquisas incluiu, na sua recente consulta sobre os humores do eleitorado sergipano, questões para que os entrevistados avaliassem o governo de Belivaldo Chagas (PSD). Cumprindo com nossas obrigações legais, vale destacar que a presente pesquisa foi feita pelo instituto Paraná Pesquisas, que entrevistou 1.540 eleitores sergipanos em 35 municípios, entre os dias 11 e 15 de março. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob Situação Eleitoral o n.º SE-05457/2022. Quando questionados sobre qual a impressão que tinham da atual gestão estadual, os entrevistados responderam da seguinte forma: Ótima, 4,2%; Boa, 17,1%; Regular, 36,2%; Ruim, 7,4%; Péssima, 32,9%; e Não Soube/Não Respondeu, 2,1%. Nessa consulta, Ótima e Boa somam 21,3%, enquanto Ruim e Péssima somam 40,3%. Portanto, a percepção negativa, ao se somar a avaliação Regular, atinge 76,5% dos entrevistados potencialmente insatisfeitos com a condução atual do governo estadual. Já quando a pergunta é mais direta, se o eleitor aprova o desaprova a gestão de Belivaldo, o Desaprova chega a 54,7%; o Aprova fica em 38,6%; e Não Sabe/Não Opinou, 6,7%. Se não são números excessivamente ruins os dessa segunda consulta, ainda assim o apoio de Belivaldo pode mais prejudicar do que ajudar. O leitor e a leitora podem levantar a questão: “mas e a máquina?”. Sim, claro que a máquina tem peso e efeito sobre a eleição, sem nenhuma dúvida. Ainda mais a máquina da gestão estadual, que é a maior, por óbvio. Mas se fiar única e exclusivamente nisso pode ser prejudicial tanto para quem deseja o apoio do governador, como também para quem deseja enfrentar a própria máquina, a partir do campo oposicionista. O certo é que o governador Belivaldo Chagas, enquanto governo, pode ajudar, até. Mas enquanto governante, enquanto pessoa física investida num cargo como pessoa jurídica, ao menos até este momento, mais atrapalha do que ajuda. Sigamos!