Desde que resolveu se somar numa luta, justíssima, diga-se, travada pelo Blog do Cláudio Nunes, publicado no portal Infonet, sobre os problemas efetivos enfrentados no âmbito da Polícia Militar de Sergipe (PM/SE), especialmente a partir de denúncias sobre possíveis irregularidades e/ou arbitrariedades que possam estar sendo cometidas pelo comando da instituição, este AndersonsBlog, assim como imagina ocorrer com o jornalista Cláudio Nunes, passou a ser uma espécie de ponto de convergência de todas as insatisfações da corporação com seu comandante, o Coronel Marcony, e seus atos. Tomando o cuidado de não se deixar seduzir pelo sensacionalismo barato – afinal, “bater no poder” pode render audiência fácil, mas não é garantia de qualidade jornalística de forma alguma, viu? – e nem tornar a exposição dessas denúncias em algo personalizado – outra artimanha muito usada por quem quer aparecer como “dono da verdade” ou como quem “enfrenta a tudo e a todos”, algo que também tende a jogar no lixo qualquer ideia de jornalismo sério, seja factual ou opinativo –, AndersonsBlog, assim com faz com todo e qualquer material que recebe, lê tudo muito atentamente, analisa profundamente e, no caso de denúncias, só publica o que estiver devidamente documentado. E não se trata de excesso de zelo, não! É uma questão meramente técnica, fácil de ser entendida: como é site de jornalismo opinativo e analítico, AndersonsBlog, garantindo espaço para o contraditório, analisa e opina sobre quaisquer assuntos, independentemente do que, a priori, pensem a respeito deles as personagens que, de alguma maneira, estejam relacionados aos mesmos. Por isso que se tem rigor absoluto no que se publica por aqui, especialmente quando se trata de denúncias. E toda essa explicação cuidadosa se refere a um ponto específico e do qual o blog não abre mão: reprodução textual, especialmente quando se vai manter o sigilo da fonte, só em casos raríssimos e realmente válidos. E, ao final e ao cabo, é a reprodução de um texto recebido por AndersonsBlog, cuja fonte seguirá em sigilo, que servirá para seguirmos ampliando o debate sobre esse momento tão turbulento pelo qual passa a PM/SE. Assim, leitor e leitora, leia e, em seguida, confira uma breve análise sobre o seu conteúdo. “Não é novidade que o Coronel Marcony conseguiu a aprovação da lei complementar 336/2019 para se manter no cargo de comandante “ad eterno” (SIC). Por outro lado, há uma insatisfação generalizada e crescente em meio aos oficiais já que a permanência do Comandante no cargo impõe a estagnação da promoção de todos os demais integrantes da PMSE. Trocando em miúdos, enquanto o Coronel Marcony permanecer no serviço ativo, você, oficial da PMSE, permanecerá sem promoção. Simples assim. Trocando em miúdos, enquanto o Coronel Marcony permanecer no serviço ativo, você, oficial da PMSE, permanecerá sem promoção. Simples assim (N.R.: a repetição da frase foi mantida, respeitando o texto original). Não é possível compreender os motivos que levam o Governador a manter o coronel Marcony no comando, já que a PMSE não evolui em quaisquer sentidos. Os batalhões estão caindo aos pedaços, as rotinas operacionais estão ultrapassadas, a péssima gestão de recurso e materiais está escancarada, enfim, sobram motivos legais e administrativos para que o Comandante Marcony vá para reserva. Diante de tantos motivos para que o Governador mande o coronel Marcony para reserva, surpreende o fato dele ainda se manter no serviço ativo, o que nos leva a perguntar: Por que o Governador está mantendo o coronel Marcony no Comando?”. Lido e analisado, esse texto aqui reproduzido pode, enfim, lançar alguma luz sobre por qual razão o governador Belivaldo Chagas (PSD) segue inerte, assim como o próprio Coronel Marcony segue no mais absoluto silêncio, diante de tantas denúncias feitas, inclusive com o Ministério Público do Estado de Sergipe (MP/SE) pedindo esclarecimentos sobre algumas delas. Na avaliação de AndersonsBlog, o que, em hipótese, levaria o governador a dar de ombros quanto a situação toda é algo tão simples, quanto preocupante: ao seguir com o atual comando, sem mandar o atual comandante para a reserva, ele evita a ascendência de novos oficiais à patente de Coronel. E isso, grosso modo, representaria uma economia, ainda que artificial, nas folhas de pagamento, dos ativos e inativos, da PM/SE. Ainda que se trate somente de uma hipótese, é preciso considerar que Belivaldo assumiu um governo que já havia tornado comum o atraso e até o parcelamento de salários dos servidores. E como foi sua gestão que resolveu – qualquer referência ao slogan de sua campanha em 2018, “chegou pra resolver!”, não é mera coincidência, certo? – esse gargalo administrativo, qualquer risco a tal estabilidade, mesmo que seja mínimo, não seria tolerado sob nenhuma hipótese, né isso? Mas aqui é que a coisa se complica: ainda que hipotética, a possibilidade de uma anuência e aceitação governamental aos atos tão criticados e denunciados do comando da PM/SE se fundamentar em interesses meramente econômicos, visando a protelação de promoções, legalmente previstas, com base num suposto controle de gastos com pessoal, além de gerar as óbvias e visíveis insatisfações que ocorrem na corporação, também não seria inconstitucional? A conferir…