Ninguém passa incólume às crises econômicas. Ninguém mesmo, pois até quem ganha dinheiro – coisa rara, mas que existe, sim! – na crise está entranhado nela. E quando ela é causada por uma pandemia, aí nem se fala. Mas um estudo recente da Universidade Federal de Sergipe (UFS), através do seu Laboratório de Economia Aplicada e Desenvolvimento Regional do Departamento de Economia (Leader-UFS) mostra que, dos males, o menor: Sergipe, entre janeiro e maio desse ano, apresentou sensível melhora em praticamente todos os indicadores econômicos. Vamos pescar três desses dados apresentados pelo professor de Economia Luiz Carlos Ribeiro (foto/crédito: Adilson Andrade/Ascom-UFS), que é o coordenador do Leader-UFS, pra entender o que se quer dizer quando se fala em retomada da economia.
SALDO DE EMPREGOS FORMAIS – “Nos cinco primeiros meses de 2021, Sergipe registrou saldo negativo de 136 postos de trabalho com carteira assinada, conforme dados do Caged. Foram 36.200 admissões diante de 36.336 desligamentos ao longo dos cinco primeiros meses do ano”, diz a UFS. Bem, nesse quesito, o que chama a atenção é que, em 2020, a coisa tava muito pior, pois se entre janeiro de maio desse ano o saldo negativo de empregos é de -136 postos de trabalho, no ano passado foi de impressionantes -13.838 vagas a menos no mercado de trabalho.
ARRECADAÇÃO DE ICMS – “Os cinco primeiros meses de 2021 apresentam as maiores arrecadações de ICMS em relação aos mesmos meses no ano anterior. Abril e maio deste ano lideraram as arrecadações no estado, com aumentos reais de 23% e 46%, respectivamente”. Olha, não é assim uma “Brastemp”, como dizia o comercial antigo, uma vez que a base de comparação, 2020, foi um desastre completo nesse quesito. Sim, mas o crescimento percentual indica justamente retomada econômica, não necessariamente uma expansão, né isso? E, por fim…
SALDO DE BENS E SERVIÇOS – “O levantamento indica que, entre janeiro e maio de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme a emissão de notas fiscais no período, as receitas de vendas em Sergipe aumentaram 10% em termos reais, ou seja, descontada a inflação”. Agora sim: mesmo com o parco conhecimento em Economia, AndersonsBlog avalia que esse dado, que mostra a força de consumo sergipano, é o que tem que ser mais comemorado nessa pesquisa do Leader-UFS. Sem mercado, sem consumidores consumindo, meus caros e minhas caras, não tem economia que se sustente. Simples assim!
PS. Em tempo, a hashtag #EPS201 significa Emancipação Política de Sergipe, 201 anos, belê?