A eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Aracaju ocorreu sem sobressaltos, quase um “eu já sabia”. Nitinho Vitale (PSD), presidente; Vinicius Porto (PDT), vice-presidente; Fabiano Oliveira (PP), 1º secretário; Sargento Bayron (Republicanos), 2º secretário; Joaquim do Janelinha (Pros), 3º secretário. Mas o nome que mais me chamou a atenção foi o de Fabiano Oliveira. Mas veja, leitor e leitora, eu disse que me chamou a atenção, não que me surpreendeu. E explico: a 1ª secretaria em qualquer casa legislativa é o segundo cargo em importância prática, é a assinatura que tem que constar, é, grosso modo, o sustentáculo legal das decisões da presidência. Assim, com Fabiano em tal empreita, com certeza se escolheu não apenas quem ajudasse nos votos. Empresário do show business pra lá de testado e aprovado, Fabiano era tido como político com experiência, mas sem muito interesse na seara. Teve mandato de deputado estadual (2003/2007), foi candidato a vice-governador do saudoso João Alves em 2006 e deixou as candidaturas de lado, dedicando-se aos eventos artísticos e a sua sólida atuação em programas televisivos e radiofônicos. Por isso que chama a atenção a escolha de seu nome para o cargo. Demonstra sapiência de quem, ao final e ao cabo, montou a chapa. Para um cargo de tamanha importância, sem desmerecer os demais vereadores, é preciso juntar, numa mesma pessoa, experiência, maturidade, empatia por seus pares e chance zero de deslumbramentos desnecessários. Fabiano Oliveira, sem favor algum, reúne todas essas características.
Um adendo
Já em relação ao desempenho do parlamentar Fabiano Oliveira, nada mais justo do que esperar dele uma defesa ferrenha da classe artística e dos eventos festivos. Não que isso signifique, de forma alguma, desrespeito ou desprezo pelos necessários protocolos sanitários. Mas se trata de um importante segmento da economia que, sem uma defesa clara, criativa e propositiva, tende a inanição. A bola está com você, Fabiano!
Claro e evidente
Durante a campanha eleitoral em Lagarto, partidários da prefeita reeleita Hilda Ribeiro (SD) não deram um minuto de trégua para o que chamavam de SaraMonteiro, alcunha para designar a união entre a família Reis, do folclórico grupo Saramandaia, com a turma do ex-prefeito Valmir Monteiro. Algo inimaginável até antes das eleições de 2020, é bom que se frise.
Claro e evidente 2
Mas apesar de rechaçarem veementemente a acusação dos adversários, tantos os Reis como os Monteiro se uniram para a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal. Resultado: Amilton Fontes (PSC), presidente; Washington da Mariquita (MDB), vice-presidente; Vilânio do Treze (PSC), 1° secretário; Alex Dentinho (MDB), 2° secretário. O PSC é o partido de Valmir, enquanto o MDB é o partido do candidato Fábio Reis, derrotado por Hilda. Precisa dizer mais alguma coisa sobre a composição SaraMonteiro?
Cara de pau
Nota meio que cifrada, mas muito efetiva, que saiu no NE Notícias. “Lamentavelmente, mais uma vez, a lei ficou apenas no papel. Não prenderam porque não quiseram. Detalhes, nesta segunda-feira, 4, logo cedo, na radio Jornal FM e, logo depois, no NE Notícias”. AndersonsBlog não é Mãe Dinah. Mas não é difícil imaginar que a nota acima se refere ao fato de que o agora ex-prefeito de Itabi, Mané do Povo (PSD), tocou fogo em documentos da prefeitura que administrava na, vejam só a ousadia, própria prefeitura. O estrago só não foi maior porque o povo foi pra cima. Um absurdo sem tamanho!