Quando uma reeleição está sob ameaça, o pior conselheiro é o fígado. Ou seja: mesmo que se esteja em vias de perder a eleição, deixando o mandato no Executivo, é preciso ter equilíbrio e consciência.
E esse tipo de alerta vale pra todos os gestores que estão no mandato e têm o direito constitucional de concorrer novamente. Mas vale com ainda mais afinco para o prefeito da Barra dos Coqueiros, Alberto Macedo.
É que por conta das dificuldades reais de reeleição, mostradas não apenas por pesquisas, mas através numa simples caminhada pela própria Barra e em conversas com moradores, parece que passou a valer um tal de ‘vale-tudo’ na luta por se manter na prefeitura.
Assim, as denúncias no Ministério Público Eleitoral (MPE) têm se avolumado e têm de tudo um pouco: contratações diretas e indiretas, essas através das terceirizadas, nomeações para cargos em comissão, os famosos CCs, e até mesmo gratificações estratosféricas muito distantes da realidade e do cotidiano administrativo da Barra.
Lógico que as investigações estão ocorrendo e só se saberá a gravidade do que vem sendo denunciado após o MPE se pronunciar.
Mas é bom que fique claro: enquanto muita gente, com o intuito único de se manter nos cargos e nos esquemas que criaram, aconselham o prefeito Alberto a topar esse ‘vale-tudo’ pela reeleição, cabe ao próprio gestor se questionar se vale à pena correr riscos de se tornar inelegível no futuro e ainda ter que pagar na Justiça a conta de uma possível irresponsabilidade eleitoral que, para piorar, pode dar em nada, visto que, por mais que se esforce, Alberto e sua ‘equipe’ não conseguem reverter a tendência das Eleições 24 na Barra. É complicado!