Figura da política sergipana com papel essencial no governo Lula nesse momento é Eliane Aquino, secretária nacional de Renda e Cidadania. Atentem para os argumentos de AnderSonsBlog

Uma pandemia no meio e um necessário auxílio emergencial. Essas duas situações foram reais e fizeram parte da vida brasileira em 20. Acontece que, após dois anos de extrema preocupação, já em 22, com a arrefecimento da pandemia, o rescaldo acabaria aparecendo.

E ele chegou com um dado científico: o IBGE, concluído em 23, demonstrou a realidade estatística nacional. E, com isso, se chegou a um cruzamento revelador: domicílios com apenas um morador representam, em média, 20% do total.

E o que isso tem a ver com Auxílio Emergencial, Bolsa Família, depois Auxílio Brasil e, agora, novamente Bolsa Família? Simples demais: um dos requisitos para se alcançar o auxílio, seja por qualquer nome que for, era ser morador ou moradora únicos de uma residência – essa explicação é simplista, mas serve ao propósito deste texto. Siga o fluxo!

Acontece que, pra pegar um exemplo de um município sergipano – preservaremos o nome para proteger a fonte da informação –, houve, sim, uma imensidão de cadastros fraudados por parte dos beneficiários.

Nesse município, por exemplo, dentro da média de 20% de residências com uma única pessoa, pra efeito do cadastro no Bolsa Família foi detectado que essa cidade tinha absurdos mais de 180% de casas com um único residente. Uma desgraça, uma fraude à céu aberto, um descaso com quem realmente precisa de auxílio financeiro mensal, mas praticado por quem declarou que morava sozinho, mesmo vivendo com a família, né verdade?

Diante de tudo isso, resta o óbvio: o Bolsa Família precisa passar por um pente fino cirúrgico para continuar sendo o maior programa de transferência de renda da história do Brasil. E, claro, para seguir sendo o maior cabo eleitoral do governo federal, seja sob o comando Lula (PT), assim como o foi do ex-presidente Bolsonaro (PL), quando a sangria desatou e essas incongruências nos cadastros passaram a ser regra, não exceção.

Sentiu, leitor e leitora, como o problema é gigantesco? E quem é que está no olho do furacão? A ex vice-governadora sergipana, Eliane Aquino, que foi candidata a deputada federal pelo PT em 22 e ficou dentre as mais votadas, e atualmente é a responsável pela Secretaria Nacional de Emprego e Renda, guarda-chuva em que se abriga o Bolsa Família

Não é uma tarefa fácil, afinal mesmo quem não tem o direito de receber o Bolsa Família, ao ter o benefício cortado, acaba chiando. E, pior ainda, é que um o programa que atende a milhões de pessoas, ao passar por uma reestruturação nesse nível, cometerá injustiças, por óbvio. E ainda que elas possam ser sanadas com a comprovação do merecimento, feito através dos cadastros realizados em cada uma das prefeituras espalhadas pelo Brasil, ainda assim há reclamações, nesses casos específicos com toda razão.

E quem é que está encarando esse desafio descomunalmente grande? Pois é, Eliane Aquino! Por isso que a importância dela para o governo Lula é a maior possível, na prática e no dia a dia. E tem mais: no ano passado já houve muita reclamação e isso prosseguirá agora em 24. Sendo bem realista – e inclusive otimista – isso tudo só começará a chegar definitivamente para os eixos em 25, quando é possível vislumbrar que o Bolsa Família estará novamente cumprindo fielmente a sua finalidade.

Até lá – e, claro, enquanto o presidente Lula considerar correta essa opção – Eliane Aquino está no epicentro de um dos maiores problemas que o Brasil vive, pois a concessão de um benefício tão importante para pessoas que não fazem jus a ele é prejuízo para os cofres governamentais – que são sangrados de forma irregular –, é prejuízo pro mercado de trabalho – quem já não teve dificuldade em contratar mão de obra que levante a mão primeiro – e é prejuízo para a economia – afinal, gastar dinheiro que não se trabalhou para ganhar acaba enfraquecendo a economia e gerando expectativa de inflação, né não?

E agora voltemos a Sergipe, mais especificamente a Aracaju: é lógico que é legítimo que Eliane Aquino possa se colocar como uma possibilidade do PT como pré a prefeita. Isso é da natureza do jogo.

O que não é natural, o que não é legal, é ver que tem quem queira forçar a barra para tirar Eliane dessa importante missão em Brasília e meio que obrigá-la a ser pré a prefeita da capital. E isso é visto à ‘olhos vistos’ tanto em parte do PT, como também em frentes governistas.

Ora, mas se Eliane está fazendo um trabalho exemplar que, nesse primeiro momento, gera um desgaste óbvio, será que quem tenta inflamar os ânimos pela pré dela estaria pensando no bem do PT e dela mesma ou estaria de olho na possibilidade de, eleitoralmente, usar a necessária ‘limpeza’ no Bolsa Família como arma de ataque contra a possível candidatura de Eliane?

E já nas hostes petistas, será que a turma já parou para pensar que, ao encarar esse imenso desafio, Eliane Aquino está preparando o terreno para que, em 26, o Bolsa Família possa ser utilizado como uma bandeira qualificada numa possível busca de reeleição por parte de Lula?

São questionamentos propostos aqui por AnderSonsBlog que, ao final e ao cabo, não vê nada de errado em Eliane se propor a comandar os destinos aracajuanos.

Mas que também vê com muita satisfação uma figura política sergipana ter a coragem de cutucar a casa de marimbondos que foi deixada dentro de um programa social de tamanha importância.

Mas é você, leitor e leitora, que pode ajudar nessa reflexão também emitindo sua opinião. E que siga o baile!

 

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1 Comentário

  • Ribeiro Filho

    9 de janeiro de 2024 - 20:22

    Parabéns para Eliane Aquino a eterna vice. Será que depois vice-prefeita e vice-governadora, ela vai ser candidata de novo a vice-prefeita?
    Ah! Em tempo ela é também a nossa eterna Miss Biquinho, adoramos aqueles biquinhos que ela faz quando fala…kkkkkk

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