A decisão da deputada estadual Goretti Reis (PSD), que não mais encarará a luta pela reeleição, é fato relevante, sim, nesse período pré-eleitoral. Além de se tratar de uma parlamentar atuante, com destaque a sua atuação na defesa dos direitos da mulher – o que, por si, já é uma tremenda bandeira –, Goretti vem de uma base política muito forte, que é Lagarto. Ou seja: as chances dela eram reais, ora pois! Portanto, ao atribuir a uma insegurança quanto ao coeficiente eleitoral do PSD, Goretti lança um alerta que agora paira sobre os demais candidatos do partido à uma vaga na Alese. Como o coeficiente seria problema, uma vez que o PSD foi um dos partidos que mais cresceu na janela eleitoral finda em 1º de abril passado – e não vale fazer trocadilho com o dia da mentira, viu? –, passando a ter a maior bancada no parlamento estadual? AndersonsBlog apurou e, sob a condição de anonimato, ouviu de algumas fontes que o problema é bem mais complexo. Tratam-se de coisas que passam por desprestígio, intrigas internas, partidária e familiarmente falando, além de uma incerteza mesmo é quanto aos rumos que a pré-candidatura majoritária do PSD, a do deputado Fábio Mitidieri ao governo, vem tomando, inclusive por conta de uma unificação “desunida”, digamos assim, dos dois tradicionais grupos políticos lagartenses, os folclóricos Saramandaia e Bole-bole, em torno do mesmíssimo pré a governador. Enfim, as razões são de Goretti e cabe a ela decidir seu futuro político sem problema algum. Agora, o que deve preocupar os demais pré-candidatos é o seguinte: problemas internos todos terão! Isso não é novidade na lida política, especialmente em períodos eleitorais. O que tá pegando mesmo é o fato desse “problema” ter se avolumado no PSD a ponto de chegar a uma defecção desse porte, em que Goretti, parlamentar em exercício do mandato, simplesmente deixa a corrida eleitoral! O que de tão grave ocorreu que não pudesse ser sanado? O que as maiores lideranças do PSD, o governador Belivaldo Chagas incluso, bem como seu pupilo, o próprio Mitidieri, fizeram ou deixaram de fazer a ponto dela desistir da reeleição? E, para fechar: será que estão achando legal mesmo o fato de uma mulher na Alese, com mandato proativo, inclusive sendo uma das fundadoras e participantes da Procuradoria da Mulher, desistir de concorrer e não ser substituída justamente por uma outra mulher? Sei não, viu?