Se não for uma união muito bem-feita, a base governista pode – e até mesmo deve – lançar diversas prés a prefeito em Aracaju no 1º turno, sendo que elas não se engalfinhariam num primeiro momento e tentariam emplacar uma ou duas delas no 2º turno.
Se dois nomes governistas forem ao 2º turno, aí que vença o melhor e o que melhor descontruir o outro nome. Mas se passar apenas um desses nomes governistas, aí que todos se unam. Nesse cenário, também não é nada errado avaliar que o governador Fábio Mitidieri (PSD) também tenha seus nomes preferenciais, né verdade?
Comecemos por Katarina Feitoza, também do PSD. Uma simples visita ao Mercado do Augusto Franco, num domingo qualquer, há algumas semanas, resultou num ‘boom’ inicial do nome dela, afinal Katarina estava com… Fábio Mitidieri. Concomitantemente, diversos outdoors espalhados pela cidade gabavam o nome dela como deputada federal de destaque.
Cheguemos agora a Zezinho Sobral, atualmente no PDT, mas de mala e cuia de mudança para o PSB, numa das mais espalhafatosas transações de comando partidário que se tem notícia por essas plagas. Zezinho é vice-governador e secretário de Educação, a pasta com a maior capilaridade da estrutura governamental.
No caso de Katarina, Fábio está reforçando o nome do seu partido e fazendo um gesto em direção ao presidente nacional da agremiação, Gilberto Kassab, que por sua vez dá moral a Fábio desde quando este era deputado federal. Aí seria uma demonstração de gratidão.
Já no caso de Zezinho, Fábio teria a oportunidade de, em caso de eleição, ver a vaga de vice em sua futura chapa pra reeleição já devidamente vaga desde já, facilitando a composição dos majoritários por passar a ter três vagas para as Eleições 26: duas de senador e uma de vice, já que Zezinho, nesse caso, estaria prefeito de Aracaju, hipoteticamente, né isso?
Então, o que teria demais em Fábio Mitidieri participar das Eleições 24 em Aracaju com uma ou até mesmo com duas pré-candidaturas? Novamente, o caso aqui seria uma suposta ‘falta de palavra’, especialmente com o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), que Fábio já disse que será o coordenador da escolha de um nome. Mas veja, leitor e leitora, coordenar a escolha não é o mesmo que definir a escolha!
Assim, se a corda seguir esticada entre os nomes da base governistas, lideranças importantes e que fizeram a sua parte para eleger Fábio em 22, não tem nada de estranho em serem lançadas diversas prés a prefeito de Aracaju da base governista.
E ainda tem mais um detalhe: pré-candidaturas só se efetivam nas convenções partidárias. E colocar nomes para serem testados junto ao eleitorado é uma atitude legítima e que não arranca pedaço de ninguém, viu? E que siga o baile!
P.S. – Na nossa última postagem sobre os GOVERNISTAS E A LEGITIMIDADE ELEITORAL, destacaremos o ex-governador Belivaldo Chagas. E ao ler nossa análise, o leitor e a leitora entenderão porque o nome dele foi escolhido para justamente encerrar essa série especial!