O número é incontestável: quando estiver com capacidade plena em sua operação, o Hospital do Amor de Lagarto – que é uma extensão mais do que necessária do tradicionalíssimo Hospital do Amor de Barretos, em São Paulo, referência mundial no tratamento do câncer – estará apto para atender a uma população de cerca de 3 milhões de pessoas.
Explica-se: com o Hospital do Amor, toda a população sergipana e também de parte da Bahia, de Alagoas e até de Pernambuco terá uma unidade de excelência no tratamento de uma das doenças mais temidas por todos, mas isso de forma humanizada, numa estrutura definitivamente preparada para isso e com portas abertas para o SUS. O que garante, por definição, um acesso universal aos tratamentos oferecidos.
E com a visita técnica do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a unidade na última sexta, 18, agora está cada dia mais perto a presença do presidente Lula para a sua inauguração oficial – o que será mais uma formalidade, apesar da importância de se ter uma instituição como a Presidência da República presente para oficializar a entrega de um hospital desse porte, é claro!
Presente no evento da última sexta, este AnderSonsBlog também pode conferir algumas questões que ajudam a entender o tamanho e a importância do Hospital do Amor de Lagarto. Primeiro é que políticos e lideranças de todo Sergipe, além de gente de Alagoas, da Bahia e de Pernambuco, marcaram presença. Isso demonstra a amplitude da unidade.
Depois é que tivemos um ‘ecumenismo político’ raro de se ver em terras sergipanas. Por exemplo: mesmo focado nas obras do Hospital do Câncer em Aracaju, o governador Fábio Mitidieri (PSD) esteve presente na visita técnica através do seu vice, Zezinho Sobral (PDT) – abra-se um parêntese de desejo de pronta recuperação a Zezinho que, neste domingo, 20, passou mal, foi atendido e se encontra internado em recuperação! Melhoras, Zezinho!
E mais: o senador Rogério Carvalho e o ministro Especial da Presidência, Márcio Macedo, ambos do PT, embora sejam correligionários, estiveram em campos opostos na disputa eleitoral interna do PT, no início desse mês, quando Rogério venceu de forma inapelável, com cerca de 70% dos votos. Mas nem mesmo a animosidade advinda de uma disputa dessas impediu que os dois prestigiassem a visita do ministro da Saúde e o próprio Hospital do Amor.
Mas, seguramente, o que mais chamou a atenção foi a convivência pacífica no local entre o atual e o passado, em termos de comando administrativo de Lagarto. Da parte do prefeito Sérgio Reis (PSD), problema zero, visto que ele mesmo tomou a iniciativa de procurar o deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos) em Brasília para buscar recursos para sua gestão. Mas da parte de Gustinho, que até fake news sobre a presença de Lula lançou antes do evento, espera-se que o entendimento de que o Hospital do Amor está acima de disputas politiqueiras finalmente se torne uma realidade, ora pois!
E sabe por que, leitor e leitora? Porque ao contrário do que gente ‘carrancista’, com viés coronelista e com posturas absolutamente ultrapassadas, que querem tudo pra si e nada pros outros, o câncer é uma doença que não escolhe lados, poxa! E quando se tem uma unidade de excelência como é o Hospital do Amor de Lagarto como ferramenta essencial no tratamento dessa doença, só há um lado a se escolher: o da defesa da vida, do salvamento de pessoas! É isso e tão somente isso!
Por essas e outras razões é que o presidente do Hospital do Amor, tanto do de Barretos, como do de Lagarto, Henrique Prata, está coberto de razão quando bate firme na tecla de que todos, mas absolutamente todos têm que unir forças para que esse projeto, que já é uma realidade, seja o mais exitoso possível!
E com um componente a mais: além de salvar vidas, o Hospital do Amor de Lagarto pode ser a chave que precisava ser virada para que um município tão importante de Sergipe se torne a maior referência em Saúde do nosso estado, do Nordeste e também do Brasil. As vidas que serão salvas por lá, desde já, penhoradamente agradecem. Sem mais!
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