A Independência do Brasil, comemorada neste dia 7, quando de sua proclamação, lá em 1822, levou um bom tempo para chegar ao conhecimento de todos os brasileiros e brasileiras.
E não é só porque na época não tinha internet, não! A demora para o amplo conhecimento do fato se deu porque ele teve que ser comunicado. E se o povo precisou ser comunicado, é porque efetivamente não participou da decisão, correto?
Essa deixa serve para, nos dias atuais, levantarmos a primeira de uma série que trata do Horror da Injustiça. Sim, porque de nada adianta ser independente se somos injustiçados, concorda?
Então vamos abrir o verbo: que peste é que tá acontecendo na prefeitura de Lagarto, hein? Como se não bastasse cuspir e escarrar na cara da tradição lagartense com a tal da “permuta” do Parque de Exposições Nicolau Almeida em troca da transferência da prefeitura praticamente para dentro do complexo que abriga o Grupo Maratá – ou ao menos de parte da estrutura da gestão –, agora, não se sabe bem a razão, a prefeita Hilda Ribeiro (Solidariedade) ordenou a retirada do lagarto da entrada de… Lagarto!?!?!?!?
O monumento, que já data há mais de 25 anos no local, no trevo de acesso à Itabaiana e Aracaju, se tornou uma referência genuinamente lagartense, com milhares de fotos espalhadas pela net com gente posando no local como forma de simbolizar o amor pela cidade.
E porque é (era?) uma referência? Porque o monumento lagartense vai além do tradicional “Eu – coraçãozinho – Nome da Cidade” por ter, além desse clássico de praticamente todas as cidades, justamente um lagarto gigantesco pra definir raízes, identidades e amores, ora pois!
Mas a coisa toda fica ainda pior: além de mandar o coitado do lagarto pra dentro do balneário Bica – sempre tão subutilizado pela atual gestão –, a prefeita vai colocar em seu lugar o slogan da gestão dela.
Ou seja, sai o lagarto de Lagarto e entra o Capital do Interior de Hilda – aliás, um adendo: o slogan foi criado pelo querido amigo de AnderSonsBlog, Adriel Alcântara, mas, infelizmente, não deu muita sorte ao município, que perdeu o status de maior cidade do interior para Itabaiana, segundo o mais recente senso do IBGE.
E cadê o Ministério Público que não dá uma chamada federal na prefeita e na gestão dela? Sim, porque só mesmo com uma interferência externa para que esse tipo de sandice não ocorra.
E sabe porque, leitor e leitora, Hilda Ribeiro não tá aí e nem chegando pras questões identitárias lagartenses? Simples: ela não cresceu ouvindo as histórias do saudoso Adalberto Fonseca e de todos os anciões lagartenses sobre o surgimento da cidade e a razão do seu batismo – a tal pedra em forma de lagarto e por aí vai. Hilda também não cria os filhos dela em Lagarto, de maneira a entender a importância de uma cidade ter seus referenciais históricos mantidos vivos e altivos.
Na verdade, a ligação de Hilda com Lagarto, antes de ter sido vice-prefeita de Valmir Monteiro e depois prefeita, claro, se dá pelo seu casamento com o deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos) que, por sua vez, é neto do saudoso Ribeirinho, este sim, quer se gostasse ou não da militância política dele, um genuíno lagartense.
E, de mais a mais, Hilda, no dia 1º de janeiro de 25, quando passar a prefeitura adiante, se recolherá nos seus belos aposentos aracajuanos e dormirá tranquilamente, visto que ela demonstra claramente não se importar com o passado de Lagarto. Aliás, pela forma como ela vem conduzindo a prefeitura, nem com o passado, nem com o presente e muito menos com o futuro de Lagarto. E tudo isso é triste, muito triste mesmo!
Mas, ao menos, podemos aproveitar a festa da Independência para denunciar o Horror da Injustiça que está sendo cometida com o lagarto, com Lagarto e com todo o seu povo! Fica a dica!