Ainda não temos uma semana completa da gestão de Emília Corrêa na prefeitura de Aracaju, visto que ela assumiu o comando da capital sergipana na última quarta, 1º. Mas já temos um vislumbre interessante e positivo nesses primeiros dias.
A primeira situação não pode ser considerada legal por se tratar da identificação de dois débitos absurdos deixados pela gestão de Edvaldo Nogueira (PDT). Comecemos pela dívida afirmada pela empresa Torre, responsável pela coleta de lixo em Aracaju. São R$ 40 milhões, referentes aos meses de setembro, outubro e novembro.
Olha, leitor e leitora, para uma gestão que se vendia como hiper ajustada, com declarações à imprensa de que os cofres estariam cheios pra gestão de Emília, é espantoso que, ainda com Edvaldo na prefeitura, a Torre tenha trazido a público esse atraso nos pagamentos e, com isso, suspendido a coleta de lixo e causado transtornos para a população.
Mas como o que importa é resolver os problemas, Emília não se fez de rogada, foi pra cima e neste sábado, 4, a coleta já está normalizada. Importante ressaltar que, nesses primeiros dias de gestão, algo ficou patente: a prefeita dá sinais de que tratará os assuntos referentes a administração pública com bastante transparência. Ponto pra ela, portanto!
Já a outra dívida, de R$ 14, 6 milhões, é ainda mais absurda. Trata-se de um débito referente aos repasses de recursos financeiros ao Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), que administra a Maternidade Lourdes Nogueira, e que sempre foi considerada a ‘menina dos olhos’ da gestão de Edvaldo, inclusive levando o nome da mãe do ex-prefeito.
E o mais absurdo dessa dívida é que, na campanha eleitoral, o chamado ‘marketing do mal’ vendeu uma fake news terrível, afirmando que Emília quereria fechar a maternidade – como se uma mulher, mãe e avó tivesse essa insensibilidade, né verdade?
Sente o shape da declaração de Emília que, como se pode ver, está tão chocada com essa desorganização financeira, pra não dizer irresponsabilidade administrativa da gestão de Edvaldo, como toda a população aracajuana. “A gestão anterior disse que estava deixando a prefeitura toda organizada, mas veja, quando chegamos, já começamos a identificar problemas. Na transição, eles passam o que querem e isso não foi informado”.
Enfim, nesse caso da Lourdes Nogueira, o que fica para a população é que, se alguém quereria fechar a maternidade, esse alguém seria o próprio Edvaldo, visto que deixar a empresa que administra a unidade acumular esse total de pagamentos atrasados é um claro indicativo de que a intenção seria fechar as portas mesmo, né isso? Uma tristeza!
Já o outro número marcante desses primeiros momentos de Emília na prefeitura é bem mais alvissareiro – palavra que quem usava frequentemente era o saudoso João Alves. Neste sábado, 4, a prefeita reuniu seu secretariado e determinou que em 100 dias quer resultados práticos.
Há quem trate isso com certa má vontade, especialmente entre os adversários políticos de Emília e parte da imprensa. Mas este AnderSonsBlog vê essa determinação de Emília com muito bons olhos.
E a lógica para isso é bastante simples: determinar prazos para apresentação de resultados otimiza esses mesmos resultados e motiva a equipe. 100 dias é um prazo curto? Sim, não deixa de ser. Mas colocar esse prazo como meta é uma forma de marcar território e exigir comprometimento máximo de todos.
Portanto, já no início de abril teremos um panorama de como se comportará a gestão de Emília Corrêa pelos próximos 4 anos. E que tenhamos boas notícias nesses 100 primeiros dias. Aracaju agradece! É por aí!