Comecemos pelo início, avancemos até o meio para finalizarmos na efetiva finalidade. Esses princípios textuais de AnderSonsBlog são uma onda, né não? Mas a ideia aqui é que, de fato, se trata de uma ideia com princípio, meio e fim! Segue o fluxo aí pra entender!
Recentemente o Governo de Sergipe, através de sua secretaria de Agricultura, a cargo do competentíssimo e gente boa por demais Zeca da Silva, fez festa para uma volumosa exportação de milho realizada a partir do Terminal Marítimo Ignácio Barbosa, o Porto de Sergipe, estrategicamente localizado na querida Barra dos Coqueiros. E, convenhamos, fez uma festa correta, merecida mesmo!
Afinal de contas, o nosso porto, inaugurado em 1994, salvo engano, não é notícia todo dia. Mas é aqui, leitor e leitora, que está o problema: como é que um Estado que possui um porto não faz dele uma vitrine de negócios ostensiva e constante? E nem tem nada a ver com o fato dele ser operado pela iniciativa privada, a questão de fundo é outra e é bem mais importante. Vai vendo!
Nossa navegação, por assim dizer, começa a partir do momento em que o senador Laércio Oliveira (Progressista) chama a atenção para o fato de que o Porto de Sergipe não está inserido no Google Maps numa pesquisa simples. Claro que o Google, apesar dele mesmo não achar isso, não é o sabe tudo do mundo, mas está bem perto de ser, não é verdade?
Assim, a percepção de Laércio ganha uma amplitude a partir de estudos mais aprofundados que o próprio senador e sua equipe vêm efetuando. E este AnderSonsBlog teve acesso a parte desse estudo e divide aqui com seu leitorado.
Comecemos pelo ministério dos Transportes e sua análise denominada Corredores Logísticos Estratégicos. Basta se conferir (imagem abaixo) que na página dedicada aos Corredores de Exportação – Necessidades e Ações – Corredor Nordeste, oficialmente o Porto de Sergipe é solenemente ignorado, o que é uma excrecência por si.
Mas após esse início desanimador, chegamos ao meio dessa história e ela diz respeito não apenas a Sergipe, mas a uma sigla extremamente simpática, a MATOPIBA. Em suma, ela reúne Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – sacou? MATOPIBA?
E nesses Estados, especialmente na altura de Tocantins, unindo o sul do Maranhão e do Piauí com o noroeste da Bahia, é que está o cerne da existência do MATOPIBA, que é uma região produtora de grãos em larguíssima escala, com destino fundamentalmente voltado para a exportação.
E o que é que a pesquisa de Laércio e sua equipe identifica? Simples: no estudo denominado A Macrologística do MATOPIBA, realizado pela Embrapa, na página dedicada a Logística Rodoviária e Portuária do MATOPIBA (imagem abaixo), novamente o Porto de Sergipe se torna um “joão ninguém” – o que é uma desonra absurda com o nome João, pois é o mesmo do saudoso João Alves Filho, idealizador e responsável pela inauguração do Terminal Marítimo Ignácio Barbosa, o praticamente invisível Porto de Sergipe.
E olha que esse estudo das Embrapa, obviamente voltado para a produção agrícola daquela região, não contempla mais duas riquezas logicamente transportáveis através de um porto com vocação graneleira como é o nosso caso: minério do interior baiano e fertilizantes do nosso… Sergipe, ora pois!
Assim, chegamos ao fim deste texto exaltando a finalidade dele: que a indignação do senador Laércio Oliveira se amplie e alcance 2,3 milhões de sergipanos, com todos os políticos e homens e mulheres de nossa vida pública dando um basta na invisibilidade desse patrimônio sergipano que é o Porto de Sergipe! Sem tergiversar, que essa bandeira não seja apenas de Laércio, mas de todos!
Até porque, com o nosso porto visível e em máxima operação, muita coisa boa virá junto, como por exemplo uma duplicação da BR 235 desde Aracaju até o sul do Pará – passando estrategicamente pelo interior baiano e pelo MATOPIBA –, aumento da receita estadual, possibilidade de ampliação e variação de funcionalidades do próprio porto, atração de indústrias exportadoras, empregos que absorvam mão de obra da mais qualificada a mais simples e, enfim, um Sergipe sonhado por todos, desenvolvimentista e cheio de oportunidades, se tornando realidade.
É algo fácil? Não, não é! É algo rápido? Também não é! Mas ao chamar a atenção para a necessidade do Porto de Sergipe se tornar referencial nacional e internacionalmente, Laércio Oliveira faz o que se espera de todo grande homem público: pensa mais no futuro da população do que nos possíveis votos futuros que ele venha a ter. E é bem por aí! Bora cuidar do Porto de Sergipe, sergipanos e sergipanas?