Luciano de Menininha, em Propriá, vai vendo sua gestão definhar com a saída de nomes importantes do 1º escalão. Agora foi a vez de Josailto Feitosa, que deixou a Procuradoria Municipal

Já vem de um tempo, mais precisamente desde o início da gestão de Luciano de Menininha (Progressistas) em Propriá, uma impressão que se avoluma cada vez mais de que os que mais apostaram e trabalharam para que ele ganhasse as Eleições 24 estão muito rapidamente se decepcionando política e administrativamente com o próprio Luciano.

Alguns nomes que ocupavam pastas-chave da administração propriaense já não compõem mais o staff do prefeito, alguns saindo com mais, outros com menos barulho e agora foi a vez do advogado Josailto Feitosa entregar o cargo de Procurador Municipal. E o que todos esses desligamentos têm em comum? Simples: nenhum deles foi ‘demitido’ e todos eles pediram a própria exoneração.

É fato que Josailto é uma perda considerável até por ele ter sido decisivo nas eleições do ano passado, quando coordenou a parte jurídica da campanha de Luciano, mas também, e talvez principalmente, por ele ser a chamada ‘voz da razão’ na atual gestão no sentido de alertar o prefeito e demais assessores quanto aos limites régios das leis que regem a administração pública.

Vale lembrar que Luciano, em seu primeiro mandato, foi afastado da prefeitura na metade daquele exercício por ter, segundo a Justiça Eleitoral, cometido abuso do poder político através de ligações de água em residências num período em que isso se configurava como crime eleitoral.

E também é verdade que quando sua mãe, Menininha, foi prefeita, entre 1989 e 1992, ainda não existia a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). E embora Luciano não fosse parte direta da gestão, mas a sua, digamos, ‘educação’ em administração pública se deu em um tempo que já não existe mais! Simples assim!

Portanto, com a saída de Josailto da Procuradoria da gestão de Luciano de Menininha, para além de perder um fiel escudeiro na política, perde também alguém que, por dever de ofício, teria que impor limites e impedir que desatinos administrativos fossem cometidos.

E como são raras, embora existam, pessoas que conseguem transitar qualificadamente entre o que é ‘da política’ e o que é ‘da gestão’, com essa debandada em menos de seis meses do início de seu mandato, Luciano, ao perder um nome como Josailto, parece definitivamente não se enquadrar nesse time. E quando a coisa toda começa assim, não tem perigo de terminar bem, sabia, leitor e leitora? É isso!

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