Quando se elegeu deputado estadual em 18, sob a bandeira e a benção do MST e do ‘L’ de Lula, o hoje deputado federal Rodrigo Valadares (União) surgia como uma jovem promessa de renovação da política sergipana. Mas, em menos de uma década na vida pública, Rodrigo se mostrou uma decepção tremenda.
Duvida? Então pegue a visão nos três exemplos a seguir. O primeiro diz respeito ao partido em que Rodrigo se elegeu em 18, o PTB. Com total apoio do então presidente da sigla, Roberto Jefferson, e de sua filha, a ex-deputada federal Cristiane Brasil, Rodrigo chegou a presidir o PTB Jovem e o próprio partido em Sergipe. Mas, com a derrocada de Bob Jeff, o político sergipano não exitou a se unir aos que queriam tomar o PTB de seu antigo presidente e patrono. À época, a ‘porrada’ no partido foi tão intensa que, alguns anos depois, o próprio PTB deixou de existir, fundido que foi ao Patriota na criação do PRD.
Aí vem as Eleições 22 e Rodrigo se muda de ‘mala e cuia’ para o União Brasil, presidido em Sergipe por André Moura. E o que era uma relação política marcada por ‘juras de amor eterno’ de Rodrigo para com André, rapidamente degringolou e o deputado federal pela agremiação atacou frontalmente André pelo fato de que queria ele, Rodrigo, ser candidato a prefeito de Aracaju, enquanto o comandante do partido defendia a candidatura, efetivada de fato, da também deputada federal Yandra Moura, também do União. E essa foi uma decisão baseada em números, uma vez que Yandra teve 131.471 votos, sendo a parlamentar federal mais votada em 22, e Rodrigo, com seus 49.696 votos, só está em Brasília hoje por conta da estupenda votação de Yandra, ora pois! Ou seja: mais uma vez, de novo e novamente Rodrigo ‘cuspiu no prato’ que comeu e desmereceu quem um dia o ajudou a chegar aonde ele chegou!
Mas como ‘desgraça pouca é bobagem’, nesta sexta, 18, olha o Rodrigo aprontando mais uma! Desta vez, de malas prontas para aportar no PL, o deputado, em razão da operação da Polícia Federal em face do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se filiou ao PL em 22, tascou essa frase nas suas redes sociais. “Vejam os nomes ‘de direita’ no seu estado que estão em SILÊNCIO SEPULCRAL com o ocorrido de hoje. Essa é a ‘direita permitida’ que tanto Bolsonaro nos alerta. Essa é a ‘direita’ que o sistema quer que chegue no poder, pra continuar toda tirania. É revoltante e frustrante ver tantos ‘caroneiros’”. Ora, não há problema algum em Rodrigo ou quem quer que seja declarar apoio e solidariedade a Bolsonaro. Mas é sério que ele se julga a ‘régua do mundo’ a ponto de atacar até mesmo seus aliados de partido, como no caso da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, também do PL, que até o momento em que Rodrigo se manifestou não havia ainda declarado apoio ao ex-presidente – possivelmente por ter mais o que fazer diante dos desafios que é governar a capital sergipana, né não?
Este AnderSonsBlog já havia detectado que o comportamento errático, individualista, presunçoso e arrogante de Rodrigo Valadares (leia AQUI) acabaria levando ele a uma derrocada em sua trajetória política. E com mais esse episódio de ataque a seus aliados e companheiros de partido, parece que o deputado federal está levando isso a sério mesmo, fazendo mais e mais desfeitas com quem lhe dá apoio político.
Sim, porque esse ataque, que alcançou Emília, veio cerca de uma semana depois que a prefeita declarou apoio a ele nas Eleições 26. Só que, depois de uma dessas, é bom Emília e todo e qualquer filiado ao PL abrirem bem os olhos! Ou será que aceitarão para si, caladinhos, o que Rodrigo fez com Roberto Jefferson e com André Moura? Pois é, né?