“O meu pai era paulista/Meu avô, pernambucano/O meu bisavô, mineiro/Meu tataravô, baiano/Meu maestro soberano/Foi Antônio Brasileiro”
Os versos de Chico Buarque em Paratodos se referem à linhagem familiar e, como “maestro soberano”, lá está Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom de todos os tons, todos os sons, o Tom Jobim único e gigantesco.
E parece mesmo que Tom Jobim tem um quê de “paizão” da música popular brasileira. E isso se acentua diante da capacidade singular dele em colocar temas caros a todos os corações dentro de canções que podem parecer complexas, afinal o cabra era mesmo um maestro, na acepção da palavra.
Mas seu talento era tanto que o que, nas mãos de outros, poderia soar arrogante, nas mãos de Tom, ao piano, caia nas graças de quem gosta de música, de qualquer que seja o estilo de música, entende?
Assim é com essa linda Anos Dourados e assim é com toda a obra de Tom Jobim que, de onde quer que esteja, lance suas bênçãos e inspirações nas cabeças de tanta gente que faz música. Que a façam como Tom fazia: com a maestria de quem faz tudo o que faz com o mais puro amor.
Com essa singela homenagem ao “pai” da nossa música popular, um Feliz Dia dos Pais pra todo mundo. Simbora!