Duas operações da Polícia Federal (PF) ocorreram na semana passada em Sergipe. Na primeira, vários municípios tiveram a presença dos policiais em busca e apreensão, além da detenção e oitiva de suspeitos. Na segunda, o alvo foi o município de Aquidabã.
Vamos começar pelo final: na ação policial em Aquidabã, transparência, com dois secretários municipais sendo afastados, como o prefeito, Mário Lucena (Progressistas) emitindo nota oficial assegurando que não tem relação direta com o caso e com tudo isso chegando com clareza à população.
E como se trata de uma investigação, seria de bom tom que não houvesse condenação antecipada. Mas é claro que a oposição a Mário fará isso! Acontece que, nesse caso, caberá à defesa do prefeito ficar atenta e, em caso de abusos, buscar também a Justiça. Simples assim!
Agora, voltando para a primeira operação da PF, aí a coisa ganhou contornos tragicômicos. Sim, porque a operação em si é uma maravilha, ajuda a proteger os recursos públicos de espertalhões, bandidos e de canalhas.
Agora, ao mesmo tempo, também acaba rendendo muita politicagem que coloca mais gente na lista de cometedores de ilícitos.
Explica-se: imagina que até montagem com manchete de grandes portais de notícias foram feitas para tentar prejudicar adversários políticos.
O caso mais escabroso se deu na Barra dos Coqueiros, quando tentaram vincular a imagem do ex-prefeito Airton Martins ao caso utilizando da esposa dele, que já foi secretária municipal.
Olha, leitor e leitora, a detenção ocorrida na Barra foi de um empresário envolvido com possíveis desvios em outro município! Portanto, nada a ver com a esposa de Airton – que preservamos o nome para não a expor ainda mais de forma vexatória, mentirosa e cruel como foi feito por adversários do ex-prefeito. Um absurdo sem tamanho!
Em Lagarto também se deu algo semelhante, com uma milícia digital tentando envolver nomes da oposição à atual gestão. E isso como se fosse possível que um adversário estivesse “mandando” na área da Saúde local. Tem lógica um absurdo desses?
Diante desses e de outros casos em que a utilização politiqueira da ação da PF realmente aconteceu – e se repetiu esse desprezível modus operandi em Itabaiana e São Domingos, além de ter ocorrido o mesmo em cidades alagoanas e baianas –, não estaria na hora de se pensar seriamente em uma operação paralela da PF pra encontrar e investigar quem se utiliza de operações da própria PF pra fazer politicagem?
Sim, porque isso é a mais pura e óbvia produção de fake news com objetivos eleitorais!
Quem utiliza uma operação da Polícia Federal para produzir notícias falsas com vistas a levar vantagem numa eleição e ainda espalha isso pela internet através de milícias digitais é tão criminoso, em caso de condenação, como aqueles que estão sendo investigados nesse momento.
Não se brinca com a vida das pessoas em nenhum momento, mas isso se agrava ainda mais quando essa turma do mal se utiliza de algo extremamente sério, como uma investigação policial, para macular a vida de pessoas que não têm nada a ver com uma operação em curso!
E, cá pra nós, leitor e leitora, quem brinca com uma operação de uma instituição séria e responsável como é a Polícia Federal, tem mais é que comer uma cana dura pra deixar de canalhice, né não ?