Oposição à gestão de Emília Corrêa na prefeitura de Aracaju parece estar sofrendo do ‘complexo de peru’ e o novo contrato pra gestão do Nestor Piva é prova concreta disso. Entenda

Primeiro vamos esclarecer o que seria o tal ‘complexo de peru’: é o sofrer, o se acabar, o se detonar, pra não usar palavra mais forte, na véspera! Assim, muita crítica à gestão da prefeita Emília Corrêa (PL), ao menos até aqui, tem sido feita sem base real e com essa coisa de querer antecipar ‘problemas’, como que a torcer pelo ‘quanto pior, melhor’.

E antes de seguirmos, vale lembrar que críticas ao serviço público são necessárias, até para que as gestões acertem cada vez mais. Só que é preciso ter fatos realmente relevantes para tecê-las. Logo, quando estes ou não existem, ou são argumentativamente frágeis, eis que surge o ‘complexo de peru’, que parece estar afligindo a oposição à Emília.

Então, vamos lá: nos últimos dias surgiram ‘críticas’ a nomeação – interina, diga-se – de Hector Raul Medeiros na função de Diretor Executivo do Consórcio do Transporte Metropolitano. E o ‘embasamento’ foi pueril, pois as críticas foram por ele não ter sido sabatinado – e ele vai ser, ora pois! – e pelo fato dele ter trabalhado em uma empresa de transporte – mas, pera lá: desde quando isso é pecado ou a sua experiência nesse segmento pode ser ignorada?

E uma outra crítica seria a de que a nova contratação emergencial de empresa para limpeza pública pode ‘prejudicar’ a… limpeza pública de Aracaju (!) e que o processo estaria ‘viciado’! Mas, pera lá: nem aconteceu ainda e já tem gente ‘acusando’ a contratação? E mais: nem temos a nova empresa e já tem gente ‘chorando’ pela saída da que está aí, sem nem mesmo saber como se portará a nova contratada? Parece ou não parece que tem ‘boi na linha’ nesses ataques?

Talvez – e apenas talvez mesmo – isso ocorra porque tinha gente acostumada – ou muito beeeeem acostumada, se é que o leitor e a leitora me entendem! – com o que estava aí e, por isso mesmo, não deseja que nada mude, né não? Mas não é por aí, não!

E assim chegamos a contratação da nova empresa que irá gerir o Nestor Piva, unidade de saúde importantíssima da Zona Norte de Aracaju. E até pra ela já surgem críticas, uma vez que ela estaria sendo investigada pelo Ministério Público de Ceará – embora, pra sermos justos, investigação é absolutamente diferente de condenação, não é mesmo?

Enfim, o Instituto de Gestão e Cidadania (IGC) está assumindo a gestão do Nestor Piva com custo mensal – e aqui vamos aos números detalhados pra ajudar nas contas finais – de R$ 3.867.989,71. Já o Centro Médico do Trabalhador, cujo contrato se encerra, oficialmente, na próxima quinta, 6, custava aos cofres de Aracaju R$ 4.325.036,86/mês. Portanto, em contas simples, uma economia mensal de R$ 457.047,15 que, por sua vez, gerará uma economia anual de R$ 5.484.565,8. É mole ou quer mais?

Assim, a nova secretária de Saúde, Débora Leite, que é conhecida por ‘comprar brigas’ quando o assunto é gestão otimizada e que beneficie o usuário final, está apenas confirmando o seu estilo de gestão e, claro, tem a aprovação e concordância de Emília Corrêa, visto que a prefeita disse, desde a campanha, e segue dizendo, que fará a diferença na sua administração.

Mas para além do ‘apontar de dedos’ para o IGC sobre a questão do Ceará, mesmo não havendo condenação contra a empresa, os opositores de Emília seguem num ‘mi-mi-mi’ enjoado da peste e queriam porque queriam que a empresa anterior seguisse na gestão do Nestor Piva.

Mas aqui temos mais um agravante que deixa claro por qual razão a nova gestão na prefeitura e na secretaria de Saúde buscaram uma nova solução nesse fim do contrato. Primeiro porque, como o prazo maximamente esticado para o fim do contrato – que pela legislação é de 60 meses – bate mesmo no próximo dia 6, não havia nada mais a fazer.

E tem um detalhe mais escabroso, já identificado pela equipe de Débora Leite na Saúde aracajuana: além de não iniciar o processo licitatório para a gestão do Nestor Piva, a gestão passada promoveu dois reajustes no dia 27/12/24, quando faltava apenas UM dia util para o término da mesma gestão.

Mas fica pior: esses reajustes foram retroativos a fevereiro de 22 indo até janeiro de 24, gerando uma despesa extra, conforme nota fiscal encaminhada pelo Centro Médico do Trabalhador, de quase R$ 6,4 milhões!

Mas quanto mais se aprofunda esse assunto, mais terrível fica: o valor do contrato do Centro Médico do Trabalhador era de R$ 3,9 milhões e passou para R$ 4,3 milhões, valor a maior que não estava previsto no orçamento de 25 encaminhado pela gestão anterior à Câmara. Ou seja, esse contrato teria grave impacto orçamentário, impossibilitando a Saúde aracajuana de arcar com esse custo mensal sem que isso comprometesse os demais serviços prestados à população!

São ou não são informações surpreendentes que, ao final e ao cabo, colocam em xeque todo aquele ‘mito da excelência na gestão’ que o ‘marquetingue’ da gestão anterior vendia à população?

Assim, que as críticas venham quando – e se – os serviços prestados forem falhos ou quando – e se – os processos para os contratar tenham, efetivamente, problemas identificados, não há nada de errado nisso! Agora, criticar antes mesmo que as coisas aconteçam, aí já é ‘complexo de peru’ e cabô!

E, de mais a mais, se fosse pra tudo ficar como estava, o candidato da gestão passada é que teria vencido as Eleições 24 e não Emília Corrêa, né verdade? Pois é…

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2 Comentários

  • Fred

    3 de fevereiro de 2025 - 16:52

    Deu show no raciocínio a base de canabis

  • JOAO SILVA DOS SANTOS

    3 de fevereiro de 2025 - 17:07

    Ainda vai ter gente que vai discordar da sua perfeita análise. Mas todos nós sabemos quem são os ignóbeis.

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