Não pense que o AndersonsBlog se desmancha em mesuras ufanistas para destacar conterrâneos que alcancem sucesso em suas respectivas áreas de atuação. Mas, a bem da verdade, assumo que bate um imenso orgulho quando vejo um conterrâneo mandando bem demais e acima da média. Por isso que ver o lagartense Ismar Viana assumir a presidência da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo do Brasil (ANTC) e, por conta disso, dar uma entrevista pra lá de essencial ao portal JL Política, do jornalista Jozailto Lima (leia na íntegra aqui), merece registro e reforço máximo na divulgação. Auditor do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe desde 2014, Ismar é daquelas inteligências que não se aquietam enquanto não têm suas produções reverberando na sociedade para o avanço geral e o bem comum. Por isso que, dentre tantas colocações absolutamente pertinentes, inclusive descortinando e lançando luz sobre os mecanismos de controle externo da administração pública, a entrevista dele teve uma análise, sucinta e cirúrgica, que chamou a minha atenção e que destaco em recorte aqui. “Da mesma forma que não há Estado Democrático de Direito sem controle, também não há controle sem regras, do que resulta possível afirmar que a concretização do direito à regular atuação dos Tribunais de Contas é tida como condição de legitimidade das suas decisões, como condição de acreditação social”.
Visão amplificada
Veja, Ismar não coloca em xeque os Tribunais de Contas, como sumária e costumeiramente fazem aqueles que, ao terem decisões contrárias aos seus atos na esfera pública, saem a esculhambar esse órgão de controle externo – quem não já ouviu a nefasta e tendenciosa expressão “Tribunal do Faz de Conta”? Mas, ao mesmo tempo, e sabiamente, ele lembra que os próprios Tribunais estão sujeitos e, por que não dizer, aptos para também serem fiscalizados, ora pois! E isso só comprova a amplitude analítica que ele possui!
Por fim…
…mas não menos importante, a leitura da entrevista de Ismar Viana ao JL Política ainda me possibilitou a descoberta de algo que eu desconhecia – como deve ocorrer em toda boa leitura. Pra mim, Ismar era lagartense e ponto! Filho de Ismael do Juizado e de dona Marlene, desde sempre o tinha como natural de Lagarto. Mas Jozailto, como todo bom questionador – e questionar é a essência do jornalismo –, descortinou a informação de que ele nasceu em Aracaju, sendo criado, desde os seus primeiros dias de vida, na doce Lagarto. Por isso, ratifico o gentílico do título desta postagem: Ismar Viana é lagartense, sim! E quem há de negar?
1 Comentário
César Alves
Que o mesmo faça por merecer, e o parabenizo por chegar com um ponto de vista diferente, dando o devido respeito.