Olha o tamanho do pepino que se aproxima da gestão de Alberto Macedo (União) na Barra dos Coqueiros: em despacho da última quinta, 18, a Promotora de Justiça Ana Paula Souza Viana deu prosseguimento às investigações acerca de uma pesquisa supostamente realizada e superfaturada no município da Barra.
Na verdade, trata-se dos desdobramentos de uma notícia-crime levada ao Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) em relação a uma suposta pesquisa falsificada, superfaturada e que nem sequer teria sido realizada. Os detalhes o leitor e a leitora já puderam acompanhar aqui mesmo neste AnderSonsBlog (leia AQUI).
Só que, agora, a 1ª Promotoria de Justiça da Barra dos Coqueiros quer esclarecimentos do Deotap sobre se a investigação acerca desse assunto está acontecendo ou não, destacando que o objetivo é saber se já há um procedimento investigatório sobre o suposto superfaturamento na contratação da Objetiva Comunicação e, ato contínuo, na subcontratação do Instituto Vozes de Pesquisa e Inteligência para, enfim, a realização dessa problemática, pra dizer o mínimo, pesquisa.
O despacho da promotora também determina que a prefeitura da Barra, por meio da assessoria jurídica do prefeito Alberto Macedo, disponha de 10 dias, a contar da última sexta, 19, para remeter ao MP/SE a documentação comprobatória de que a tal pesquisa foi realmente feita e devidamente publicada.
Olha, leitor e leitora, o caso é realmente muito mais complexo e grave do que parece numa olha mais superficial. Mas quando se observa detalhadamente o despacho da promotora da Barra, aí é que se percebe a gravidade do assunto. Sente só o peso desse trecho do despacho: “devendo ser destacado no expediente a cautela quanto à partilha de eventuais informações que dependam de autorização judicial para compartilhamento”.
Todo zelo e cuidados tomados pela promotora estão devidamente dentro do escopo de atuação do Ministério Público e isso indica o caráter sério e idôneo de toda a investigação em si. Mas é justamente nesse ponto que devemos levar em consideração o quão graves podem ter sido os crimes cometidos, caso devidamente comprovadas as responsabilidades, pela gestão de Alberto Macedo.
A casa aqui teve acesso à notícia-crime, conforme link acima confirma. E, na época, ali pelo final de fevereiro e início de março desse ano, o sentimento foi de que se estava diante de um absurdo sem fim nesse caso da Barra.
Uma pesquisa que apresentava os mesmíssimos dados de uma outra realizada um ano antes, e isso ipsi literis, sem tirar nem um número, inclusive nas suas casas decimais.
Só que com uma ‘pequena’ diferença, para além da visível falsificação: na primeira pesquisa, essa efetivamente realizada, a nota fiscal era de cerca de R$ 8.000. E na segunda pesquisa, justamente a que ‘copiou’ os números da primeira, o valor da nota fiscal saltou para R$ 54.600. Tem como justificar uma loucura dessas?
Bem, é isso o que o trabalho da promotora Ana Paula Souza Viana quer saber. Aliás, não apenas a promotora, mas que toda a sociedade barracoqueirense não apenas quer, mas merece realmente saber.
Afinal, essa possível ‘farra’ com dinheiro público, se pagando uma diferença a mais de quase 700% num serviço que nem teria sido feito, é ‘bancada’ com dinheiro público, portanto com o dinheiro de cada morador e de cada moradora da Barra, né verdade? Portanto, que o Ministério Público vá pra cima!