Um vídeo recebido por AnderSonsBlog da parte do secretário de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca de Sergipe, Zeca da Silva, é extremamente revelador. Trata-se de uma explanação de um projeto do governo de Fábio Mitidieri (PSD), a Adutora do Leite.
E os dados nele contidos são animadores: a pecuária leiteira, um dos pilares da economia sergipana à partir do Alto Sertão do estado, é uma atividade em franca expansão. Só que, por conta das questões climáticas, há uma insegurança hídrica que impede um crescimento ainda maior do segmento.
E o que seria possível fazer para garantir uma perenidade no abastecimento de água em toda a região, cuja a indústria de laticínios já é uma realidade? Então, aí é que entra a Adutora do Leite, obra que custará algo em torno de R$ 240 milhões e que está sendo viabilizada por recursos única e exclusivamemte oriundos dos cofres estaduais – aqui inclusos os valores recebidos pela concessão da Deso.
E por qual razão a casa aqui traz esse assunto para o debate público? Simples demais: por conta dos números que essa indústria, que une a atividade agropecuária a uma série de empreendimentos industriais de pequeno, médio e grande porte, já apresentam antes mesmo da execução da Adutora do Leite.
Senão, vejamos: atualmente a região em questão já possui cerca de 152 mil cabeças de gado, sendo que, destas, 45% são de vacas ordenháveis, portanto sendo produtoras de chamado ‘ouro branco’, que é um apelido elogioso para o leite produzido em Sergipe, cuja qualidade é reconhecida em todo o país e até no exterior.
Só que, com a Adutora do Leite e com a segurança hídrica que ela proprocionará, há previsões baseadas em estudos muito sérios de que a capacidade da produção leiteira sergipana pode triplicar!
Assim, captando a água no rio São Francisco e ‘cortando’ todo o Alto Sertão sergipano com seus 108 quilômetros de tubulações, a Adutora do Leite pode se tornar uma redenção econômica para uma região que, historicamente, padece com as secas e, por consequência, acaba tendo que ser ‘socorrida’ pelos governos ao longo do tempo.
E é aqui, leitor e leitora, que entra a questão do Canal de Xingó: é que a Adutora do Leite, além de garantir água o ano inteiro e por todos os anos após a sua efetivação, também vai ampliar a capacidade de irrigação de um dos ‘oásis’ do sertão sergipano que é o Projeto Califórnia, área próxima a Canindé do São Francisco que há décadas se destaca como uma das mais produtivas em termos agrícolas de todo o Sergipe.
Ou seja: com a Adutora do Leite devidamente construída, garantindo a perenidade no abastecimento de água necessária para que a produção leiteira cresça e apareça ainda mais, também teremos o Projeto Califórnia hidricamente garantido pelas próximas décadas. E isso, com certeza, pode ‘abrir os olhos’ do Governo Federal para a importância de garantir os recursos para a execução do tão sonhado Canal de Xingó.
E é por tudo isso que os olhos do secretário de Agricultura de Sergipe, Zeca da Silva – um dos melhores auxiliares de Fábio Mitidieri na administração direta – chega brilham quando se fala em Adutora do Leite. Sim, porque para além dos benefícios diretos da obra em si para a economia sergipana, por tabela ela também pode impulsionar uma obra gigantesca como o Canal de Xingó e, por fim, garantir, como diria um amigo aqui da casa, “um plus a mais” para a economia sergipana que pode impactar positivamente na vida da nossa população pelos próximos, sem nenhum exagero, 100 anos! É disso que estamos falando!