PubliEditorial – Primeira maternidade municipal de Aracaju terá capacidade para realizar 500 partos mensais

Além do retorno dos festejos juninos, após dois anos de reclusão social por causa da pandemia, os aracajuanos têm mais um motivo para comemorar: a Prefeitura entregou, no último sábado, 25, a estrutura física da primeira maternidade municipal de Aracaju, localizada no bairro 17 de Março.

A nova unidade de saúde atende a uma importante demanda da população e contribuirá para a qualificação da saúde pública na capital. Com investimento superior a R$ 18 milhões, a maternidade, quanto estiver em funcionamento, terá capacidade para realizar até 500 partos mensais.

A secretária da Saúde, Waneska Barboza, destaca que as próximas etapas, após a entrega da estrutura física. serão equipar a maternidade e contratar o pessoal para iniciar o atendimento à população. “Estamos trabalhando ativamente para que a maternidade municipal passe a funcionar o quanto antes. A previsão é fazer a inauguração até o mês de outubro”, informa.

A administração municipal reutilizará no novo espaço cerca 4,5 milhões de reais em equipamentos e acessórios hospitalares adquiridos para o Hospital de Campanha (HCamp) Cleovansóstenes Pereira Aguiar durante a pandemia.

Trata-se de centenas de itens, como macas, monitores multiparâmetro, negatoscópios, ventiladores pulmonares, computadores, cadeiras, mesas, estantes, geladeiras, purificadores de água, entre outros, que representarão uma parte significativa dos instrumentos necessários para o funcionamento da nova unidade hospital.

Atendimento humanizado
Waneska explica que a proposta da primeira maternidade municipal é garantir atendimento humanizado e qualificado aos aracajuanos que vivem em bairros como o próprio 17 de Março, mas também Santa Maria, São Conrado, Atalaia, Coroa do Meio, Aeroporto, Farolândia e toda a antiga Zona de Expansão.

“A maternidade tem uma importância ímpar, extraordinária, porque vai ajudar muitas mães a terem um parto decente, digno. Essa obra é um divisor de águas para o Santa Maria e o 17 de Março”, aponta Edjan do Santa Maria, líder comunitário da região.

Demanda atendida
A escolha do local para construção da unidade histórica leva em consideração uma demanda social da localidade, de forma a garantir àqueles que mais necessitam do poder público acesso a um tratamento digno, sobretudo às gestantes e seus filhos.

“É uma maternidade muito importante. Além de ser a primeira maternidade municipal, traz um conceito materno-infantil diferente, mais humanizado, no qual as mulheres vão poder escolher o seu parto humanizado, de forma mais próxima do natural, com menos partos cesáreos, mais partos normais, com a possibilidade de termos os pais alojados, esperando a alta dos filhos. Nosso objetivo é que ela venha a atender a necessidade e também respeite o desejo da família, olhando por ela inteiramente, não só o físico, mas o emocional e psicológico, tão essenciais para um processo de parto, pós-parto e atendimento tranquilos”, explica a secretária da Saúde.

Para a auxiliar de serviços gerais Ana Paula Oliveira, o projeto facilita a vida das gestantes que vivem nesta região da cidade, uma vez que permite economia de recursos e tempo para os atendimentos. “Eu me sinto feliz, porque muitas mães não têm condições de se deslocar para outros lugares, então a maternidade aqui vai ser muito útil”, ressalta.

Estrutura e atendimento
A maternidade municipal de Aracaju começou a ser construída em abril de 2019, com previsão de construção de dois anos. Mesmo com a suspensão das obras provocadas pela pandemia da covid-19, a Prefeitura de Aracaju conseguiu retomar a construção meses depois, garantindo que a inauguração não sofresse grande atraso.

Ocupando uma área de 7.589,92 m², o prédio possui quatro pavimentos e está equipado com 51 leitos obstetrícios; 10 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN); 10 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN); cinco leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Canguru (UCINca); duas salas de Centro Obstétrico, para cirurgia e uma sala para esvaziamento uterino (AMIU); e oito quartos PPP Centro de Parto Normal (CPN).

A unidade conta, ainda, com bancos de leite e de sangue, lactário, farmácia, unidade de nutrição e dietética, cartório, serviço social e necrotério. A população terá acesso a serviços de urgência e emergência obstetrícia e neonatal, apoio a diagnóstico terapêutico e atendimento para vítimas de violência.

A secretária da Saúde destaca que a maternidade oferecerá atendimentos especializados, com diagnóstico por Teste Rápido, exames radiológicos, ultrassonografia obstetrícia e com Doppler, eletrocardiograma e tococardiografia anteparto.

“Tudo foi planejado e executado para oferecer o que há de mais moderno em estrutura e atendimento, garantindo segurança e dignidade neste momento tão importante para mães e para os aracajuanos recém-nascidos”, expressa Waneska.

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