Quando o ‘marketing do mal’ vira apenas um mal marketing: tentativa de salvar Luiz Roberto gera comunicação confusa, misógina e ‘fakenewsista’. Entenda

Sofrível demais a tentativa da comunicação da campanha de Luiz Roberto (PDT) de imputar a André Moura (União) e a Rogério Carvalho (PT) responsabilidade sobre as possíveis diatribes que levaram o candidato governista a prefeito de Aracaju ser demitido por justa causa da Petrobras. Sofrível e risível.

Talvez só não mais risível do que o vídeo do governador Fábio Mitidieri (PSD) classificando de ‘fake news’ o imbróglio, dizendo ter sofrido com as tais notícias falsas nas últimas eleições quando é a campanha dele nas Eleições 22 que está sendo investigada pela Polícia Federal na Operação Dublê pela produção de… fake news! E justamente contra Rogério Carvalho, né isso?

Governador, ‘deixa Dilson e vamos Nelson’ que AnderSonsBlog vai jogar as cartas na mesa dessa estratégia ruinzinha da pé do marketing de Luiz. Vai vendo!

Em relação aos ataques a André e Rogério, comecemos pela misoginia: nossa senhora, será que a comunicação de Luiz não lê a casa aqui?

Sim, porque desde o ano passado, quando se desenhava a maioria de candidaturas femininas para o pleito aracajuano, que AnderSonsBlog alerta para o fato de que quem quiser ataca-las que tenha coragem e seja frontal, jamais se utilizando de subterfúgios.

Assim, Candisse Carvalho (PT) e Yandra Moura (União) são merecedoras de respeito, possuem seus próprios CPFs, são adultas, maiores, vacinadas e mulheres responsáveis pelas suas próprias histórias. Por isso que atacar André e Rogério pra tentar tirar votos delas é misoginia, é violência política de gênero e é uma triste tentativa de invisibiliza-las. Triste demais essa postura da campanha de Luiz. Triste mesmo.

E aí, finalmente, chegamos aos ataques supostamente diretos – que são mais do que indiretos – do marketing de Luiz a André e Rogério. A peça da campanha dele chama os dois de “corruptos”. Bem, bora lá pros pormenores.

André Moura teve, de fato, reveses judiciais ao longo de sua história politica. Mas, recentemente, conseguiu que a Procuradoria Geral da República propusesse um acordo de persecução penal. Assim, André está livre dessas mazelas jurídicas que o maculavam. Daí a ser chamado de “corrupto” por questões meramente eleitorais é um claro excesso.

Já o caso de Rogério Carvalho é ainda mais radical: o atualmente senador já foi processado por improbidade e vem ganhando todos esses processos. Inclusive um deles, o mais absurdo de todos, levou Rogério as barras da Justiça por ele ter pago a conta de energia do Hospital João Alves, no início de 2007, pra que não se corresse o risco da Energisa cortar o fornecimento da maior unidade de saúde sergipana. Mas como não tinha recurso em caixa, Rogério pagou mesmo assim e depois respondeu judicialmente. Se ‘corrupção’ for isso, imagine então o que seria ‘honestidade’ pra quem faz a campanha de Luiz? É osso dormir com um barulho desses.

Na verdade, leitor e leitora, o grande Carlos Cauê – grande mesmo, sem nenhuma ironia, por conta de suas vitórias em décadas passadas – não está num grande momento ‘inspiracional’ e por isso, ao invés de buscar justificar porque Luiz Roberto foi demitido da Petrobras por justa causa e com graves indícios, aí sim, de corrupção ativa e passiva, preferiu colocar a campanha de Luiz a serviço do tal ‘marketing do mal’. Mas, como se vê pela trágica e sofrível peça produzida nesse sentido, o resultado foi mera e simplesmente um mal marketing.

Seria essa estratégia fraquinha uma consequência do 3° lugar de Fábio no 1° turno em 22? Teria aquele resultado ruim feito Cauê ‘perder a mão? Pelo sim, pelo não, aguardemos as urnas abertas no proximo domingo. Até lá, sigamos! Simples assim!

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