A semana que vai começar promete fortes emoções na política sergipana. É que, nos dias 1º e 2 de fevereiro, um dos personagens centrais da próxima eleição, o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), estará em Brasília para reuniões com dois presidentes: o do seu partido, Valdemar da Costa Neto, e o da República, Jair Bolsonaro, recém filiado justamente ao PL. E aí, como diz a filosofia popular, “tudo pode acontecer, inclusive nada”. Mas a decisão em si, se Valmir será candidato a governador, a senador ou a deputado federal/estadual, seguramente não se tornará pública já na próxima semana. Porém, em Sergipe, um adversário “figadal” de Valmir estará torcendo muito para que ele se candidate a um cargo majoritário, ao governo ou ao Senado. Trata-se do presidente da Alese, Luciano Bispo (MDB). E mesmo que não admita essa torcida sob nenhuma hipótese, os fatos falam por si. Primeiro vale lembrar algo que ocorreu em 20 e que ninguém jamais imaginaria: alcunhada pelo saudoso radialista Francis de Andrade – e que falta você faz, querido amigo! – de “Marilu”, a união de forças entre Luciano e sua até então arquirrival, a também deputada Maria Mendonça (PSDB), se tornou clara quando ambos se uniram para derrotar a candidatura posta por Valmir, de Adailton Sousa (PL), à prefeito. Tanto é verdade que, na reta final das eleições, a candidata de Maria, sua irmã, Carminha Mendonça (PP), literalmente sumiu! Ali estava inaugurada a fase do vale tudo pra derrotar Valmir e ponto! Até aí se tratava de um esquema paroquial. Mas eis que, neste ano da graça de 22, outro fato inédito ocorre, mas agora com alcance estadual: Luciano está torcendo por uma candidatura majoritária de Valmir. Mas, alto lá: não se trata de torcer para que ele seja candidato e ganhe, não! Na verdade, Luciano sabe que só terá para si um espaço na chapa majoritária governista se se tratar de uma espécie de antídoto anti-Valmir. Simplificando: só com Valmir candidato a governador é que a intenção de Luciano ser vice na chapa a ser definida pelo agrupamento do governador Belivaldo Chagas (PSD), seja com qual for o cabeça de chapa, será minimamente levada a sério. Sim, porque mesmo levando em consideração a história e o respeito que Luciano possui dentro de seu agrupamento, qual seria a lógica eleitoral de tê-lo como vice se não for para combater uma candidatura que, em se tornando efetiva, já nasce com força em todo o Estado, mas como características de gigantismo na região Agreste, especialmente em Itabaiana, casa política tanto de Luciano, como de Valmir? Essa mesma lógica se aplica a recente declaração do presidente da Alese de que estaria a disposição pra concorrer ao Senado: essa hipótese só se concretiza se for para combater uma candidatura de Valmir a senador. Simples assim! Agora, se Valmir de Francisquinho voltar de Brasília disposto a se candidatar a federal ou a estadual, pode, leitor e leitora, anotar o que AndersonsBlog afirma agora: Luciano Bispo irá tentar se manter na Alese, pois seu nome estará absolutamente fora do radar governista para uma disputa majoritária. Agora, na boa, quem imaginaria Luciano dependendo de Valmir de Francisquinho para se candidatar a vice ou a senador? São as voltas que o mundo dá, né não? Sem mais!