Reclame quem quiser, mas a verdade é que em três áreas, Educação, Saúde e Limpeza Pública, a gestão de Emília Corrêa em Aracaju já furou algumas ‘bolhas do sistemão’! Duvida? Então pega a visão!

É lógico que vai ter quem questione totalmente a afirmação acima. E cada uma dessas pessoas estará no seu direito, afinal, opinião tem que ser livre e cada um tem que ter a sua.

Mas é preciso ter em mente o que é que significa, de fato, romper com velhas práticas administrativas – e, no caso de Aracaju, botemos velhas nisso, já que, com o breve hiato de quatro anos do saudoso João Alves na prefeitura, Edvaldo Nogueira (PDT) governou a cidade por quase 15 anos.

Portanto, para sustentar a nossa tese, comecemos pela Educação. Nessa secretaria, o trabalho desenvolvido pela secretária Edna Amorim nesses primeiros dias de gestão foi responsável por ‘furar a bolha’ numa questão delicadíssima: vagas nas escolas municipais. Enquanto no final de 24 faltavam vagas para 3.264 alunos, já neste ano letivo de 25, foram garantidas 2.874 vagas, representando uma queda de 88% no déficit anterior. É lógico que esses números não estão zerados e nem param de crescer, afinal a demanda é constante. Mas percebe, leitor e leitora, que a ‘bolha’ da falta de vagas estava inflada demais e a gestão de Emília Corrêa (PL) já a furou e abriu uma grande quantidade de novas vagas disponíveis?

E aqui passemos à Saúde, onde a secretária Débora Leite simplesmente substituiu um contrato para a administração da unidade Nestor Piva – uma das mais importantes da rede aracajuana – e, somente nesse gesto, alcançou uma economia de mais de R$ 5 milhões. Ora, se essa mudança ocorreu e, como se observa até o momento, não houve mudanças bruscas no atendimento à população, é lógico que a gestão de Emília furou mais uma das ‘bolhas do sistemão’, pois serviços públicos que custavam bem mais caro passaram a ser feitos da mesma maneira e por um valor muito menor.

Mas é na questão da Limpeza Pública que a coisa toma uma forma ainda mais vistosa. Embora a licitação tenha tido um perrengue inicial, e que tem que ser corrigido nas próximas visto que o protocolo da prefeitura não pode receber propostas e ainda assim o fez e, com isso, abriu margem para que toda a licitação fosse contestada, algo que é desproporcional, lógico, mas que está na lei e é necessário que se respeite, é preciso reconhecer que os números finais são realmente impactantes.

Olha só: na semana passada, mesmo em meio a atribulação dessa pequena, mas ainda assim falha técnica, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) finalizou os trabalhos desse primeiro grande desafio da gestão de Emília, que é, em suma, manter Aracaju como uma cidade limpa e bem cuidada.

E as surpresas saltaram aos olhos: primeiro que foram, ao total, 26 empresas interessadas, sendo que, dessas, 18 apresentaram as devidas documentações. Outra: o Aviso de Contratação Direta da prefeitura interessou empresas da Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Goiás, Pará e Distrito Federal. E, lógico, de Sergipe também – algo que, diante das últimas tratativas sobre o assunto, em que praticamente só uma empresa ganhava ano após ano, é por demais salutar.

Mas são os números, ou melhor, as diferenças entre eles que saltam aos olhos. O contrato em vigor tem a Torre Empreendimentos com valor de R$ 80 milhões de reais para a execução de três lotes (1,2 e 4) e um lote está a cargo da BTS (3), no valor de pouco mais de R$ 5 milhões. Portanto, são R$ 85 milhões pra todos os lotes necessários, certo?

Agora, imagina esses mesmos lotes custando aos cofres públicos R$ 53 milhões! Imaginou? Pois é, foi isso o que aconteceu nesse primeiro processo licitatório de grande porte da gestão de Emília e que acabou gerando uma economia de quase R$ 33 milhões, ou 37,61% a menos, para a execução do mesmo serviço!

Entende, leitor e leitora, como, nesse caso, a tal ‘bolha do sistemão’ estava inflada a ponto de, somente na Limpeza Pública, gerar um gasto adicional de cerca de R$ 33 milhões? É ou não é uma situação absolutamente estranha, pra dizer o mínimo? Sim, porque enquanto sabemos que os custos de tudo tendem a crescer, numa só tacada eles caem essa fortuna em Aracaju?!?!

Mais uma vez fazemos questão de destacar que para os extremados nada disso representa muita coisa. Mas se de um lado tem quem nada veja de bom na gestão de Emília e do outro temos quem não veja nada a ser criticado, a visão preferencial aqui de AnderSonsBlog é a mais pragmática possível: se gera benefícios para a população e economia pros cofres públicos com a manutenção da qualidade de serviço, é preciso reconhecer que o ‘sistemão’, nesses três casos específicos citados, literalmente se lascou!

E ainda bem que seja assim, independente de se gostar ou não da gestão de Emília, afinal é a população que pode sair beneficiada ao ver os serviços seguirem sendo prestados e a gestão tendo mais recursos em caixa para novos investimentos, ora pois!

Por fim é aguardar que a Justiça permita o prosseguimento do certame da Limpeza Pública que, via liminar, encontra-se temporariamente suspenso, beleza? Agora, leitor e leitora, ganha um ‘picolé de graviola’, como diria o incrível Wellington Elias, quem acertar qual foi a empresa que entrou na Justiça pedindo a suspensão dessa licitação…

Só que como AnderSonsBlog não é baú pra guardar supostos segredos, então lá vai: foi a Torre Empreendimentos! É mole ou quer mais?

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