Reeleição de Givanildo como prefeito de Salgado serve de alerta para quem se ‘acha’ dono dos votos do povo e para quem pensa que judicializar a política serve como arma contra adversários

Na terça, 17 de setembro, a cidade de Salgado ficou em polvorosa diante de uma operação da Polícia Civil que buscava provas de um suposto esquema de favorecimento de empresas na locação de veículos. O alvo da vez era o prefeito do município, Givanildo (PT).

Afora o estranhamento dessa operação acontecer faltando 20 dias para as Eleições 24, o prefeito foi claro nas suas declarações, destacando que estava colaborando com o que fosse necessário, mas que não se calaria diante da possibilidade de tudo não passar de perseguição política.

Pois bem, passaram-se os 20 dias entre a operação e a eleição e o resultado não poderia ser mais claro: o povo de Salgado aprovou a primeira gestão de Givanildo à ponto de, mesmo diante de um revés dessa magnitude, com polícia batendo a sua porta e tudo, o reelegeu com 6.540 votos, ou 44,22% do total dos válidos.

Mas, mais do que isso, Givanildo também pôs por terra uma narrativa fajuta de que o ex-prefeito de Salgado, Duilio (Republicanos), seria o ‘dono’ dos votos salgadenses, já que ele terminou na segunda colocação com apenas 4.206 votos, ou 28,44% dos votos válidos.

É lógico que nem a gestão de Givanildo e nem a de ninguém alcança a perfeição. Mas também é óbvio que não se pode ‘cabrestar’ o povo, pois este, na sua sabedoria e independência, acaba dando a resposta na urna, como deu a Duilio ao dar novo voto de confiança a Givanildo.

E quanto à operação da polícia, é bom que fique claro: operações dessa natureza são, invariavelmente, fruto de denúncias de adversários políticos. E, em assim sendo, ainda que houvesse ou ainda que haja algo de errado na gestão, vamos e venhamos que realizar esse tipo de ação nas vésperas de uma eleição também acaba sendo algo que pode estar sob suspeição.

Assim, cabe a sociedade avaliar até que ponto uma denúncia de um adversário político pode ser levada a cabo num período eleitoral. Sim, porque suspeitas podem ser fundadas ou infundadas, denúncias podem ter razões objetivas ou motivações meramente políticas.

O que não pode acontecer mesmo é tentar impactar no resultado de uma eleição com nenhum tipo de perseguição. E, quando isso ocorre, não é mais do que óbvio que o povo acabe dando a resposta! No caso de Salgado, o povo respondeu em alto e bom som: nosso prefeito seguirá sendo Givanildo e cabô! É por aí!

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