Leitor e leitora, este AnderSonsBlog tá numa dúvida cruel. E isso é facilmente explicável: no entendimento aqui da casa, os debates eleitorais são muito importantes. Neles, com exceção daqueles ocorridos em São Paulo/SP neste ano da graça de 24, as candidaturas se apresentam mais próximas do que elas de fato o são. Até aqui tudo bem, tudo certo.
Claro que candidatos e candidatas podem passar por exaustivos treinos – o nome técnico disso é media training – para agradar a plateia. Só que, como se trata de um embate direto, uma equipe pode ter mais talento em preparar melhor este ou aquele, esta ou aquela e isso não é garantia de que este ou aquele e nem de que esta ou aquela sejam, efetivamente, melhores do que os demais oponentes, beleza?
E é aqui que se afinca a tal dúvida aqui da casa: vale mesmo à pena encarar um debate eleitoral, especialmente quando se trata de um tête-à-tête, de um cara a cara, quando já se sabe que a intenção de um dos dois lados é apenas atacar e nada propor? Pois é!
E assim chegamos ao 2º turno das Eleições 24 em Aracaju. E em que pese o fato de ser uma disputa pelo voto do povo aracajuano, venhamos e convenhamos, o 1º turno já foi uma baixaria de dar dó!
E quando começa o 2º turno, pra surpresa de ‘0’ pessoas, a baixaria segue grassando. Proposta que é bom e soluções que são mais do que bem-vindas, praticamente nada! E se for possível extrair algo dessa disputa, é preciso reconhecer que a vereadora Emília Corrêa (PL), candidata a prefeita, tem um norte, tem um eixo claro: ela quer ofertar à população um outro modo de governança municipal.
Já Luiz Roberto (PDT) segue numa cantilena mais do que previsível: seguir fazendo o que já está sendo feito. Tudo bem, afinal ele é o candidato do atual prefeito e esse continuísmo é normalíssimo.
Só que quando a gente olha pras campanhas dos dois, Emília e Luiz, há um claro despautério, um óbvio desequilíbrio. Emília ataca, com fundamentos críveis, a gestão de Edvaldo e os riscos para a população de seguir nesse mesmo diapasão, isso no caso de Luiz ser o eleito.
Já a campanha de Luiz, na falta de argumentos, trata Emília como se fosse uma pessoa inexperiente, o que já é uma injustiça em si quando se refere a uma mulher que tem passagem de décadas pela Defensoria Pública e está vereadora em segundo mandato, além de ter um trabalho na mídia sergipana, seja na Rádio Jornal, seja na TV Atalaia, na defesa de quem, de fato, mais precisa. Mas o pior está por vir: a campanha de Luiz trata Emília como mera marionete de quem comanda o partido dela, o PL, em Sergipe! Percebe, leitor e leitora, o tamanho absurdo que isso representa?
Então, ao final e ao cabo, ainda que seja veementemente a favor dos debates eleitorais, este AnderSonsBlog não entende que a ausência de Emília em debates nesse 2º turno é merecedora de críticas. Na verdade, diante de tanta misoginia e de tanto machismo ocorridos no 1º turno, especialmente contra Candisse Carvalho (PT) e contra Yandra Moura (PL), quando a campanha de Luiz atacou frontalmente o marido da primeira e o pai da segunda, venhamos e combinemos: Emília, líder absoluta nas intenções de voto, se expor a esses tipos rasteiros de ataques é desnecessário e contraproducente. É ou não é? Pois é, né?
P.S.: e pra quem, maledicentemente, tentar atacar Emília por algum não comparecimento a algum debate, fica a dica de que o ‘padrinho’ de Luiz, Edvaldo Nogueira, em 20, não debateu com Danielle Garcia. E, pra canalha que insistir nesse argumento tosco contra a candidata, vale lembrar que a Internet ‘é um MÃE’, pois olha aí os links do A8 e do G1 provando e comprovando a ausência de Edvaldo. E ‘tame na tampa’!
O link da matéria do A8 tá AQUI!
E o link da matéria do G1 tá AQUI!