A verdade é que, desde sempre, o atual governo e tudo o que ele representa, em termos de agrupamento no poder há 16 anos, sempre olhou torto para os professores sergipanos. E agora, no apagar das luzes de seu mandato, o governador Belivaldo Chagas (PSD) somente confirmou essa má vontade explícita, uma vez que colocou para votação e conseguiu – ainda que de forma apertada, com operações de bastidores pesadas para conseguir os votos suficientes – aprovar um projeto de lei do Executivo que até reajusta o salário do magistério, mas as custas do desmonte da carreira desses servidores essenciais, visto que a educação pública atende a imensa maioria da população. E o resultado foi o seguinte: contra os professores votaram os deputados Luciano Pimentel (PSD); Vanderbal Marinho (PSC); Zezinho Guimarães (MDB); Janier Mota (PL); Maisa Mitidieri (PSD); Adailton Martins (PSD); Garibalde Mendonça (MDB); Zezinho Sobral (Podemos); Francisco Gualberto (PSD); Jeferson Andrade (PSD); Gracinha Garcez (PSD); Capitão Samuel (PSC); Goreti Reis (UB); e Gilmar Carvalho (PSC), sendo que este nem foi votar, pecando por omissão contra os professores. Já os que votaram a favor dos professores foram Iran Barbosa (Psol); Georgeo Passos (Cidadania); Kitty Lima (Cidadania); Dr. Samuel (Cidadania); Maria Mendonça (PSDB); João Marcelo (PTC); Rodrigo Valadares (sem partido); Ibrain Monteiro (PSC); e Talysson de Valmir (PL). Os que votaram a favor do governo e contra os professores, eles que lutem para explicar à sociedade suas razões, mas o destaque ainda mais negativo fica com a deputada Maisa Mitidieri, cujo o irmão, Fábio, é pré-candidato ao governo e isso é um seríssimo indicador de como se portaria Fábio caso vença as eleições. Já em relação aos que votaram contra o governo e a favor dos professores, todos embasando muito bem seus respectivos votos, o destaque positivo fica para o deputado Talysson de Valmir, que em uma única frase, resumiu muito bem toda a incompetência do governo estadual em relação ao magistério sergipano. É que após declarar seu voto contra o projeto, Talysson disse exatamente o seguinte: “quero informar que no dia de hoje, os professores de Itabaiana receberam o seu reajuste de 33,24%, que é o piso nacional do magistério. Desde o início da nossa gestão e até hoje, cumprindo sempre com os aumentos”. Nesse “nossa gestão”, leia-se 2013, quando o então prefeito itabaianense, Valmir de Francisquinho (PL), abriu as contas do Fundeb e, de lá para cá, pagou todos os reajustes do Piso Nacional dos Professores, tornando isso uma política de administração, uma vez que esse aumento pago a que Talysson se refere, no dia 22 de março do ano da graça de 22, já foi efetuado pelo prefeito Adailton Sousa (PL), sucessor de Valmir à frente da prefeitura de Itabaiana. Mas aí pode vir alguém e dizer: “Talysson está fazendo política com esse voto, pois seu pai, Valmir, pode ser pré a governador”. Aí AndersonsBlog anota: que bom, né?, que ele faça política com isso! Porque a política bem-feita, em benefício da população, é feita justamente com bons exemplos. E nenhum poderia ser mais claro que esse: Itabaiana paga o Piso Nacional dos Professores desde 2013, sem choro e nem vela. E o Governo de Sergipe, nesse mesmo período, insiste em enrolar, protelar, usar subterfúgios, enfim, fazer de tudo, menos pagar tranquila e regiamente o mesmíssimo Piso Nacional dos Professores. E esse é o antagonismo que importa: em Itabaiana, a gestão melhorou a vida dos professores e, por tabela, da sociedade como um todo; já no governo estadual, o esticar de corda acaba provocando mesmo é uma indigestão nos servidores e em toda a sociedade. Simplificando o caso aqui: trata-se do embate entre Competência x Incompetência. Simples assim! Cruel assim! Verdadeiro assim! Sem mais!
2 Comentários
Rose
Muita gente tem memória curta. Nas eleições isso provavelmente será esquecido.
Alberto Alcosa
Que Talysson continue sempre a fazer política com votos desse tipo.