Valmir de Francisquinho, ao ‘acampar’ em Aracaju, foi decisivo para que, primeiro, Emília Corrêa mantivesse e ampliasse a sua vantagem e, segundo, fossem evitadas ‘operações’ nos bairros. Entenda

Ainda sobre o resultado das Eleições 24, no segundo turno, em Aracaju, é preciso qualificar apropriadamente a participação do prefeito eleito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), nesse momento específico.

E se no primeiro turno Valmir fez ‘barba e cabelo’, elegendo-se em Itabaiana com larguíssima vantagem, e vendo seu filho, Talysson, do seu mesmo PL, se eleger em Areia Branca com uma vantagem histórica, na etapa final da eleição aracajuana, não chamaria de fazer o ‘bigode’, posto que Emília Corrêa, também do PL, não o possui. Mas fica claro que Valmir ajudou bastante a impedir que mais um ‘bigode’ vencesse e impedisse que a primeira mulher na história da capital sergipana se tornasse prefeita.

Lógico que Valmir, na sua sensibilidade política, não chamou pra si a vitória de Emília, pois sabe que, vitorioso que é na sua trajetória eleitoral, isso só causaria uma ciumeira besta da parte de outros aliados, como também uma raiva incontida da parte dos adversários.

Aliás, nesse sentido, vale ressaltar a elegância dele na noite da comemoração da vitória de Emília, no domingo, 27: Valmir a cumprimentou, foi abraçado efusivamente por ela, mas preferiu deixar os holofotes todos para Emília, como que a dizer: ‘vai e brilha, Emília, que esse momento é seu!’.

Mas quem observa a política e os processos eleitorais e tem conhecimento de causa para falar sobre isso – e olha que este AnderSonsBlog é até suspeito pra falar de Valmir, visto que já secretariou a Comunicação itabaianense em três oportunidades, todas sob as gestões dele, mas se considera insuspeitíssimo pra analisar quaisquer cenários eleitorais por fazer isso sempre com base no que vê, no que ouve, no que intui e no que aprendeu ao longo dos anos – sabe que o que Valmir representou nessa eleição foi algo ímpar, possivelmente sendo a primeira vez que uma liderança interiorana, ainda que seja com a relevância que Valmir possui, tenha literalmente ‘acampado’ em Aracaju na defesa de uma candidatura.

Dessa maneira, Valmir correu trecho, fez um tour por todos os bairros da periferia aracajuana, visitou algumas centenas de famílias itabaianenses predominantemente ligadas ao comércio, pediu votos, reforçou os votos que já eram de Emília e tudo isso concorreu para que ela não perdesse voto e até ampliasse sua margem.

Mas foi a presença física de Valmir na periferia que, na avaliação deste AnderSonsBlog, teve um efeito incrivelmente importante: se Valmir estava circulando da manhã até tarde da noite, como é que os tais ‘operadores’ – e quem entende de política sabe do que a casa aqui está falando – iriam ‘dar as caras’? E em que pese os tais ‘operadores’ não terem limites – o primeiro turno em Aracaju que o diga –, como é que eles topariam com Valmir acompanhado de seus filhos Talysson e o deputado federal Ícaro, do deputado estadual Marcos Oliveira, do prefeito de Itabaiana, Adailton Sousa, todos do PL, além de muita lideranças da periferia aracajuana e mesmo do interior? Com o perdão da escatologia, mas já como diz o ditado, ‘quem tem (…) tem medo’, né isso?

Assim, somando-se esses fatores todos, é lógico que Valmir de Francisquinho deu uma contribuição fundamental pra vitória de Emília Corrêa e isso é fácil se constatar.

Mas é preciso que se avalie mais um fator! É que Valmir também demonstrou um gesto em direção a Emília que fez toda a diferença: ao colocar na frente dessa sua movimentação em Aracaju, ao invés da política, um sentimento de gratidão pelo que ela passou ao lado dele na campanha de 22 – que todo mundo já tá cansado de saber –, Valmir demonstrou uma grandeza que, com certeza, será levada em conta não apenas por Emília, mas por toda a população de Aracaju, da Grande Aracaju e, por óbvio, de todo o Sergipe. Sigamos!

Gostei 2
Não Gostei 0

Deixe um Comentário