Depois, quando muita gente se pergunta por que é que o eleitorado feminino é maior do que o masculino e mesmo assim as mulheres seguem minoria na política, não venham dizer que a explicação não tá na cara de todo mundo!

Veja só, leitor e leitora, que absurdo está acontecendo na cidade de Riachão do Dantas: a vereadora Joelma de Catita (União) se elegeu, no ano passado pela oposição, apoiando o candidato a prefeito de seu partido, Mário de Mi Fontes.

Só que com a vitória de Galego da Samba (PSD), a parlamentar resolveu passar para a base governista, até mesmo porque ela nunca se posicionou contra a pessoa de Galego durante a campanha, quando fez uma oposição republicana e democrática, como tem mesmo que ser a política nossa de cada dia – embora tenhamos algumas figuras nefastas na política que pensam poder ‘cabrestar’ os outros, mas isso é assunto para uma outra postagem.

E bastou esse posicionamento político de Joelma para que ela passasse a ser vítima de uma campanha difamatória nojenta. Mas a pergunta que não quer calar é: e se fosse um homem ocupando o cargo que Joelma ocupa, será que haveria tanta agressão contra ela?

Aí é que vem a resposta mais do que óbvia: lógico que não! Sabe-se lá por quais interesses espúrios, mas a violência de gênero que está sendo praticada contra Joelma de Catita em Riachão faz parte da forma cruel como as mulheres são tratadas na vida política. E o pior é que tem quem, na imprensa, concorde com esse tipo de atitude agressiva como se isso fosse a coisa mais natural do mundo!

Política, leitor e leitora, é a arte do diálogo. Logo, com a vereadora Joelma de Catita entendendo que se manter na oposição prejudicaria o seu trabalho junto a quem a elegeu, não há razão para agredi-la por conta de seu posicionamento em relação a gestão de Galego da Samba, pois a avaliação sobre essa postura dela se dará nas próximas eleições. Se a decisão dela foi acertada, a resposta virá nas urnas. Se não foi, as urnas também responderão.

Agora, atacar a vereadora, tentar desmerecê-la e, pior ainda, sair espalhando que ela estaria ‘confusa’ na hora de justificar os seus posicionamentos ou ainda que estaria ‘enganando’ seus eleitores são somente maneiras de seguir afastando as mulheres da política e ponto!

E aí a gente repete a pergunta: se Joelma fosse um homem, será que ela estaria sofrendo tanta perseguição e tantos ataques? E a resposta é sempre a mesma: lógico que não! Simples assim!

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