“Condenar” Thiago de Joaldo é golpe baixo, politiqueiro e é algo que não deveria encontrar respaldo na realidade política sergipana

Lendo, lendo e, pra variar, lendo de tudo, especialmente tudo o que é publicado pela briosa imprensa escrita sergipana, AndersonsBlog se bateu com um direito de resposta publicado no prestigiado NE Notícias.

A curiosidade bateu e lá fomos atrás do que teria gerado o pedido de resposta, democraticamente veiculado pelo site em questão.

Na verdade, tratava-se de um apanhado de informações que davam conta da prisão, em 11, do atual pré a federal Thiago de Joaldo (PP). Naquele momento, Thiago teve prisão decretada, mas rapidamente revogada logo depois, por conta de investigações da Polícia Civil sergipana, via Deotap, numa parceria com a Polícia Federal, na operação Castelo de Cartas.

Já no seu direito de resposta, Thiago de Joaldo esclarece aos leitores do NE Notícias, dentre os quais este AndersonsBlog, que em 18 a Justiça entendeu ser ele, Thiago, merecedor legal da sua presunção de inocência e o processo ali fora arquivado.

Este site aqui não se sente no direito de julgar a linha editorial de ninguém, respeita a todas, sem exceção. Mas é preciso levantar, sim, um debate essencial para a democracia e, por óbvio, para as Eleições 22 que estão batendo à porta.

Desde quando a prisão, pura e simplesmente, é uma condenação sumária? Isso só ocorre – e Deus nos livre disso! – em estados de exceção, quando os direitos básicos, como justamente a presunção de inocência, são suprimidos. E aí é que se instala uma ditadura, ora pois!

E, de mais a mais, prisão não pode e nem deve ser condenação até por conta de exemplos locais.

Um mais antigo: o deputado estadual Gilmar Carvalho (PL) já foi um dia preso – e ficou preso exatamente um dia – em 1998. À época, a prisão se deveu a uma desobediência a ordem judicial. Assim, a prisão ocorreu, mas Gilmar conseguiu sair das barras da Justiça e aí está, hoje, deputado eleito pelo povo!

Um exemplo mais recente? O pré a governador Valmir de Francisquinho (PL) ficou 14 dias detido, para “não atrapalhar as investigações”, segundo decisão judicial, por conta de questões ligadas ao Matadouro Municipal de Itabaiana. Acontece que, naquele ano, 18, 36 matadouros públicos sergipanos foram fechados. E, atualmente, apenas o de Itabaiana está funcionando, via concessão pública! E Valmir? Ora, ora, Valmir está aí, firme e forte, lutando para garantir sua candidatura que, até este momento da pré-campanha governamental, de longe, mas bem de longe mesmo, tem Valmir como franco favorito a vencer as próximas eleições. E isso pelo voto popular e pela admiração da população por ele, Valmir, o Pato Rouco.

Ou seja: o que conta mesmo é a atuação na vida pública de cada um. Vale lembrar que gestores, caso de Valmir, como prefeito de Itabaiana, e caso de Thiago Joaldo, como secretário, por último, de Educação de Itabaianinha, sempre estarão mais suscetíveis a investigações e operações, pois é da natureza dos cargos públicos.

Mas daí a “condenar” alguém por ter sido investigado, ou mesmo por ter sido preso, é ignorar que o direito a ampla defesa existe e, como no caso de Thiago de Joaldo, garante a liberdade e, o principal, o direito de colocar seu nome à disposição do eleitorado.

Ainda sobre Thiago: o cabra tem um trabalho na Educação de Itabaianinha que é incontestável, que elevou os índices medidores da qualidade de aprendizado a níveis jamais imaginados, e também não alcançados, nem pelo Estado e nem pelos outros 74 municípios sergipanos. Mas aí já é história para uma outra e exclusiva postagem.

Assim, entendendo que é do jogo (sujo) da política partir pra um vale-tudo absurdo, pra um tal de moer reputações imundo, AndersonsBlog não se faz de inocente.

E apesar de entender que faz parte desse mesmo jogo, repudia esse tipo de atitude, pois isso não melhora, de maneira alguma, a qualidade de nossos representantes, ora pois!

E, ao final e ao cabo, resume em uma palavra quem tenta “condenar”, por conta de uma prisão, os Gilmares, os Valmires e os Thiagos da vida pública: hipócritas!

Sem mais!

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