É do jogo, como o título da postagem antecipa. Mas ataques recentes às pré-candidaturas ao governo estadual, seja à possível de Edvaldo Nogueira (PDT), seja a confirmadíssima de Rogério Carvalho (PT), são infundados por questões práticas. Comecemos por Rogério. Houve quem, no afã de atacar o senador e sua pretensão eleitoral, tentasse desqualificar críticas dele ao atual momento econômico sergipano pelo fato do seu partido ser – ou ter sido até há poucas semanas – da base governista. Mas veja, leitor e leitora, apoiar não significa mandar, decidir e nem definir. No máximo se pode fazer boa figura nos espaços que, como aliado, se venha a ocupar. E, nesse caso, ponto para o PT de Rogério, visto que o próprio governador Belivaldo Chagas (PSD) reconheceu os méritos do ex-secretário de Agricultura, André Bonfim, indicação petista para a pasta atualmente ocupada por Zeca da Silva, assim como, em sã consciência, não há quem não avalie como positiva a passagem de Christian Oliveira, outra indicação do mesmo PT, pelo Ipesaúde, agora com sua presidência a cargo de George Trindade. Simplificando: nos principais espaços que o PT ocupou no atual governo, nada a questionar ou a desmerecer. Mas esses dois espaços, Agricultura e Ipesaúde, são parte de um todo. E se Rogério Carvalho considera que, em termos econômicos, “Sergipe parou no tempo”, não se pode desconsiderar a crítica apenas pelo fato do PT ter composto a base governista administrativamente, uma vez que a parte que foi ocupada pelo partido não alcança o todo. E, como é óbvio, a economia depende do todo, não dessa ou daquela parte, certo? Já no caso de Edvaldo Nogueira, os ataques dizem respeito a uma outra forma de tentar desqualificar politicamente quem quer que seja. No afã de isolar o prefeito de Aracaju quanto a possibilidade dele pleitear a candidatura governista à sucessão de Belivaldo, uma suposta chapa foi aventada por quem, na verdade, quer mesmo é ver Edvaldo pelas costas, ora pois! Nela, a esposa dele, Danusa Silva, seria candidata a vice-governadora. Nada contra, claro, já que quem vota pode, constitucionalmente, também ser votado, desde que cumpra as regras do processo eleitoral. Mas acontece que Danusa é mulher forte da construtora Cosil. E aí é que a maldade político-eleitoral de quem quer ver Edvaldo alijado do processo de escolha da candidatura governista ao governo se revela: empresária e empreiteira, Danusa seria o “prêmio de consolação” de Edvaldo? Como assim? Na verdade, quem levantou essa hipótese tentou mesmo foi desconsiderar Edvaldo Nogueira como administrador público, tentando resumir sua história a um jogo de interesses meramente empresariais. Olha, leitor e leitora, pelo que AndersonsBlog percebe, faltando coisa de um ano para as eleições, a disputa pelo governo estadual será tão sanguinária, mas tão sanguinária, que vai ter candidato acusando adversário de ter surrado a própria mãe. Vai vendo! Em tempo: esses dois episódios, tanto de Edvaldo, como de Rogério, já são, em tempos internéticos, quase antigos, pois datam de uma semana atrás. Mas como uma gripe miserável levou AndersonsBlog ao estaleiro nos últimos dias, a postagem atrasou um pouco. Mas a análise segue atualíssima, né não?
1 Comentário
ANTONIO CESAR ALVES DOS SANTOS
Resumindo: Destes dois não quero nenhum dos dois, sou 1000 vezes Valmir de Francisquinho.
E farei campanha para ele, pela competência do mesmo.