Das convenções realizadas na sexta, 5, a que teve a obrigação de ser a maior, sem dúvida, foi a do PSD, que confirmou a candidatura de Fábio Mitidieri ao governo. E, de fato, foi uma grande convenção.
Acontece que a decisão pelo local acabou sendo excludente. Explica-se: ao decidir pela Alese, o PSD parece ter esquecido que o espaço é realmente pequeno. E se a solução foi colocar um telão na área externa, pra permitir que a maior parte do público, que ficou na pç. Fausto Cardoso, pudesse assistir, isso esfriou as reações e excluiu a maioria.
Mas ainda tem mais: ao escolher a Alese, o partido optou por um lugar que está, invariavelmente, com a pecha de “puxadinho” do governo, já que sob o comando de Luciano Bispo, a Alese se tornou capacho do governo de plantão desde Jackson Barreto até Belivaldo Chagas. Perdeu o elã de casa do povo pra se tornar casa do governo, sem brechas, sem mínimas possibilidades de debates aprofundados – e por isso mesmo deve passar pela maior renovação de sua história em outubro.
Assim, AndersonsBlog avalia que a convenção de Fábio, que confirmou Zezinho Sobral (PDT) como vice e Laércio Oliveira (PP) como candidato a senador, gerou um anti-clímax. Bem ao contrário do que ocorreu no lançamento da pré de Mitidieri, no Iate Clube, meses atrás.
Com todos os problemas gerados pela opção pelo continuísmo proposto por Fábio – sim, porque ninguém engole a corda de que ele representa “esperança” sendo a opção número 1 dos governistas, né não? -, a convenção do PSD apenas reforçou que o candidato foi definido em gabinete, sob ar-condicionado – que por sinal funcionou bem demais na Alese, viu?
A decisão de se manter o povo de fora da convenção, portanto, perigosamente indica como poderá ser um eventual governo de Mitidieri: decisões de gabinete e o povo, de fora, que lute! Simples assim!
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