Jornalista Gleice Queiroz está numa tempestade sob a qual, leitor e leitora de AnderSonsBlog, pouquíssimos de nós aguentaríamos o tranco. E a casa aqui pode provar isso! Pega a visão

Senta que lá vem textão!

Sejamos diretos: você vai trabalhar numa assessoria de Comunicação dum gigante como é a secretaria de Educação de Sergipe. Ao chegar lá, ainda mais se for no comando desse fundamental setor, além de um salário digno, exige-se o básico do básico do básico do básico: ferramental de trabalho, ora, ora!

No caso dum profissional de Jornalismo, vamos ao que seria o mínimo do mínimo do mínimo do mínimo: um notebook (pode ser um computador, mas aí a mobilidade exigida pela função sairia prejudicada, né?), um celular (como faz pra falar com tantos agentes da Comunicação a qualquer hora e de qualquer lugar se não for com um celular?) e um fone de ouvido (dá pra ouvir no ‘viva voz’ tantos e tantos programas de rádio e podcasts e programas de TV e vídeos e mensagens de áudio?).

Aí, com salário justo, condições ferramentais e equipe, você faz um puta dum trabalho e garante que a Educação, sempre na mira da oposição, saia incólume, dentro do possível, e isso ajuda o governo para o qual você trabalha a eleger seu sucessor. Uma maravilha, um sucesso!

Começa o novo governo e você é demitido – exonerado é o termo exato – sem muitas explicações e com muitas caras, bocas e bicos direcionados a… você! Aí você se emputece, manda às favas a nova gestão da Educação e do estado como um todo e segue fazendo o que você faz de melhor: comunicar!

Só que, nesse novo cenário, ao invés de dar visibilidade máxima aos acertos, de responder aos ataques ou de gerir crises – papel de quem assessora de forma profissional –, você passa simplesmente a cobrar da mesma forma como era cobrado! Simples assim!

Percebeu, leitor e leitora, que, com exceção do título desta postagem, AnderSonsBlog não citou nomes? Pois é! Mas percebeu também, leitor e leitora, que nem se precisa de nomes pra se narrar uma tragédia anunciada? Pois é também!

E a Jornalista Gleice Queiroz se enquadra perfeitamente em tudo o que foi narrado até aqui. Assessorando o governo do estado desde os tempos do saudoso Marcelo Déda, ela mergulhou na Educação sergipana desde o governo de Jackson Barreto com máximo afinco. E teve sucesso comprovado desde sempre! Mas, após ter sido novamente brilhante em suas funções no governo de Belivaldo Chagas, simplesmente foi defenestrada no início do governo de Fábio Mitidieri, aí já com a Educação sob o comando do vice-governador Zezinho Sobral.

Se o leitor e a leitora quiserem mesmo saber, AnderSonsBlog discorda de Gleice em muitos aspectos e posicionamentos dela – inclusive nessa ‘virada de chave’. Mas Gleice é Gleice, AnderSonsBlog é AnderSonsBlog e a nau da vida segue singrando mares revoltos de boas.

Agora, numa coisa a casa aqui não tergiversa: Gleice é Jornalista de mão cheia, sabe cavar informações, sabe passa-las ao respeitável público e sabe, como poucos, atingir em cheio o ego inflado dos poderosos.

Daí que a coisa toda começa com um questionamento dela sobre o salário do secretário Zezinho Sobral. E uma meiga carinha de palhaço numa foto de Zezinho causou furor e um processo, já devida e tardiamente retirado – aliás, que pessoa pública se ofende com uma comparação dessas a ponto de processar alguém, hein?!

E a própria Gleice já havia detonado geral que adveio um processo por ‘sumiço’ de equipamentos da secretaria de Educação contra ela! Gentes, intencional ou não, tá ou não na cara de que se tratava de uma tentativa de intimidar, de mostrar força, de dizer ‘nóix tá aqui no poder e você não’? Bem, aí cada um que julgue como melhor lhe aprouver.

Mas eis que chega o dia 25 de janeiro do ano da graça de 2024. E uma operação policial, devidamente autorizada pelo Judiciário, de forma a cumprir todos os ritos legalistas, vai ao apartamento de Gleice e recolhe um notebook, um celular e um fone de ouvido. O argumento oficial, via nota, é de que os aparelhos possuem o mesmo número de série dos que haviam, supostamente, ‘sumido’ da Educação.

Mas acontece que, um ano após a exoneração de Gleice Queiroz da secretaria de Educação, afirmar que esses aparelhos estavam ‘sumidos’ é de uma canalhice absurda!

Gleice era a chefe da Comunicação da Educação de Sergipe! Se esses aparelhos estavam sob a guarda dela, dizer que estavam ‘sumidos’ ou é má fé ou, pior ainda, é incompetência administrativa. Quer dizer que a gestão da Educação não sabia aonde eles estavam? Façam-nos o favor, né?

Resumindo ao máximo essa ‘opereta bufa’: se Gleice manteve sob sua guarda esse ferramental de trabalho de maneira ilegal, que seja punida com o rigor da lei – e isso no âmbito administrativo, ora pois!

Mas se um mínimo de bom senso for aplicado a esse imbróglio todo, combinemos: diante de tantas mazelas cotidianas que toda e qualquer gestão pública, por dever de ofício, tem que enfrentar, não tem como, assim como não tem cabimento, considerar que Gleice ‘subtraiu’ porra nenhuma! O tal do notebook, o tal do celular e o tal do fone de ouvido estavam com ela e cabô!

Agora, tentar impingir nela a alcunha de ‘ladra’ é de uma crueldade descomunal, desproporcional e, por fim, demonstra a intenção de desqualificar a Jornalista sem dó e sem piedade.

E sabe a que esse tipo de atitude se assemelha, ainda mais em tempos internéticos? A um cancelamento puro e simples com o intuito óbvio de desqualificar as denúncias que Gleice Queiroz vem verbalizando em relação ao governo de Fábio e à Educação comandada por Zezinho!

E você, leitor e leitora, já parou pra pensar que existe um conceito muito objetivo pra definir isso? Ainda não? Então lá vai: FACISMO! Ou, nordestinamente falando, CORONELISMO! E dos brabos,viu? Sem mais…

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1 Comentário

  • Ary Sousa

    31 de janeiro de 2024 - 06:15

    Bom dia, bravo jornalista, boas colocações, gosto muito dos seus comentários. APROVO. Abraço. Ary Sousa, também jornalista. Kkkkkk.

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