OLHA A VEREANÇA AÍ! – Eder Matos, do PSOL, pode ser o nome certo pruma discussão que está cada vez mais no seu tempo certo: a descriminalização da maconha

A estreia de mais essa seção do AnderSonsBlog, a OLHA A VEREANÇA AÍ!, não poderia ser mais feliz. É que como a intenção é destacar nomes em todo o estado que almejam chegar ou que já estão nas respectivas Casas Legislativas e que realmente têm alguma coisa a dizer – e ter o que dizer num espaço em que tem que se ter o que falar é algo basilar no Legislativo – a definição do nome de Eder Matos (PSOL) pra começar vem a calhar pela bandeira que ele ergue há bem mais de uma década: a descriminalização da maconha.

O tema é espinhoso? Pode até ser! Mas, e ainda bem, tem sido cada vez menos marginalizado, no sentido, inclusive, de ter deixado de ser um assunto à margem da sociedade e passar a ser tema central de muitos e bons debates, especialmente por conta da utilização medicinal da maconha já sendo reconhecida de forma legal, inclusive.

Não apenas Eder, mas tem muita gente séria em todo o país e em todo o mundo lutando para que a maconha passe a ser tratada de maneira descriminalizada também quando utilizada de forma recreativa, reforçando-se que não se trata de ‘liberar geral’, mas de ordenar, legalmente, a posse de uma pequena quantidade e mesmo o cultivo de pequenas quantidades da planta.

Em que pese o especialista no assunto ser justamente Eder, para quem a casa aqui pede a atenção do eleitor e da eleitora aracajuanos, uma vez que Éder está pré a vereador da capital sergipana pelo PSOL e tem o que falar sobre tão polêmico assunto, ainda assim AnderSonsBlog vai levantar três pontos que parecem ser os mais usados por quem quer combater não apenas a descriminalização da maconha, mas até mesmo o debate em si, considerando o assunto como ‘coisa de maconheiro’, o que é algo beeeem chato mesmo, né?

Então, lá vamos nós: 1) “mas a maconha é um degrau da escadinha que leva ao uso de outras drogas”, diriam alguns. Ok, o argumento pode até ser válido. Só que, pra ganhar peso, deveria considerar que se a maconha pode ser uma ‘porta de entrada’ para o uso de cocaína, de crack, de heroína e de drogas químicas extremamente pesadas e viciantes, antes deveria se considerar que o álcool também pode ser considerado uma ‘porta de entrada’ para a maconha, para a cocaína, para o crack, para a heroína e por aí vai! Então, por que só proibir a maconha e não também o álcool? Tá aí um belo debate, não é?

E 2) é que a maconha, segundo estudos sérios, pode desencadear reações cerebrais que podem levar a estados alterados nas conexões cerebrais, algumas delas realmente complexas e nem sempre desejáveis – mas isso, sempre segundo pesquisas, a depender do organismo de cada pessoa exposta aos efeitos da maconha. Ok, é um argumento! Mas, pera lá, você, leitor e leitora, que está lendo este texto sem seu celular, já ouviu falar que pesquisas sérias atribuem aos estímulos de vídeos e de filtros usados, especialmente, em redes sociais, a geração de níveis diferentes de desconforto cerebral nas pessoas também, sempre dependendo do organismo de cada um e sempre segundo pesquisas sérias? Pois é, né?

E, por fim, 3) “ah, mas se liberar o porte e o cultivo de uma determinada quantidade para diferenciar o usuário do traficante, os traficantes vão passar a andar com pouca quantidade!”, vaticinariam outros. Mas aí é só a polícia agir, investigando, para separar o joio do trigo, ora pois! E, de mais a mais, o usuário, com posse e produção de maconha para seu consumo próprio, por que peste iria se relacionar com o tráfico? Pois é de novo, né?

Lógico que cabe a Eder Matos e a outros que venham a levantar a bandeira da descriminalização da maconha o aprofundamento desses debates. Mas este AnderSonsBlog, na estreia da seção OLHA A VEREANÇA AÍ!, aproveita para lembrar que nem Eder e nem nenhuma outra pessoa na vereança tem poder para mudar legislação nacional nenhuma. Mas, ao levar esse e outros debates para os Legislativos municipais, lógico que eles poderão ascender aos Legislativos estaduais e ao nacional, pois o poder Legislativo tem que ser caixa de ressonância da sociedade, né verdade?

Então, boa sorte a Eder Matos e bons debates para toda a sociedade! E por conhecer o amigo Eder, sabendo o quão gente boa e de boa índole ele é, fica uma sugestão pros que não querem o aprofundamento do debate: não tratem o assunto como “coisa de MAconheiro”, não! Quem conhece Eder, sabe de suas lutas, das suas batalhas, das Marchas da Maconha nas quais ele já se envolveu, e assim esse debate deveria ser tratado é como “coisa de BOMconheiro”, pelo tanto de gente boa que o Eder é! Simples assim!

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6 Comentários

  • Aderaldo Prata

    25 de abril de 2024 - 17:03

    Nunca compreendi por que as leis consideram a maconha uma droga. Pelo que sei, droga, é tudo aquilo que para ser, tem que ser manipulada, misturada, aditivada, etc. Quem sabe, um dia a realidade virá à tona. Que Éder chegue lá! É lutador e merece me representar.

  • PEDRINHO BELIGOLI

    25 de abril de 2024 - 21:55

    LEGALIZA LOGO PAIS ATRASADO

  • PEDRINHO BELIGOLI

    25 de abril de 2024 - 21:55

    LEGALIZA LOGO !!!!!!!!

  • Ribeiro Filho

    26 de abril de 2024 - 03:34

    Nunca entendi bem esse pessoal que quer legalizar a maconha. Todo mundo sempre fumou macknha e ainda fuma pra carai, com legalize ou sem legalize. Acho que esses caras querem mesmo é abrir uma birosca na frente de casa e vender os baseadihhos já prontos. O negócio deixa de ser tráfico e o maluco vai vender no varejo um fininho por 2 dois reais, um morrão fumegante por 5 reais, umas dolinhas de 10 reais. Tudo dentro da legalidade, ainda sobra uma poeira pro vendedor fazer a cabeça, Empreendimentos S/A. Contudo o cata das ideias quer mesmo é ser vereador, botar 25 mil reias no bolso todo mês e ainda pode contratar toda família macknheiro, ou não…kkkkkk

    • Antônio Carlos

      26 de abril de 2024 - 08:44

      Falou um cidadão conservador de direita, especialista em queimar rosca dentro das 4 linhas.

  • Eder Matos

    26 de abril de 2024 - 09:32

    Eu acho interessante essa postura de quem defende o tráfico de drogas em não ter argumentos válidos pra rebater o posicionamento de quem está lutando por uma mudança real na segurança, educação e saúde pública brasileira, tentar atacar de forma pessoal a postura de quem é favorável a legalização e regulamentação da maconha não fará com que a luta diminua ou acabe, pelo contrário, é mais combustível pra enfrentar os extremistas.

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