Reeleição de Edvaldo no comando da FNP, afago de Lula e as cortinas de fumaça que tentam desviar o que importa: prefeitos atentos à reforma tributária

Nesta terça, 14, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT) tomou posse para mais um biênio no comando da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Reeleito por aclamação no dia anterior, sua posse foi prestigiada pelo presidente Lula (PT).

Pronto, daí a vermos um reducionismo absurdo em relação a importância da manutenção de Edvaldo à frente da FNP foi um pulo! É que o carinho feito por Lula no prefeito acabou chamando mais a atenção do que o real significado de sua reeleição.

Lógico que não se ignora a importância político-eleitoral do gesto presidencial, pois se trata de um ativo importante, ainda mais quando se sabe que Edvaldo, reeleito prefeito em 20, não concorrerá no pleito de 24.

Ou seja: ter um afago público de Lula demonstra que o prefeito da capital é importante no jogo político e que não pode ser escanteado apenas por não estar no páreo diretamente na próxima disputa eleitoral.

Mas a recondução de Edvaldo à presidência da FNP é um sinal extremamente mais forte do quanto o prefeito tem mostrado serviço: primeiro que ele esteve à frente da instituição nos momentos mais graves da pandemia, justamente quando municípios foram decisivos em termos de vacinação e de combate à Covid 19. Só isso já o colocaria num panteão diferenciado.

Mas, pelo menos na avaliação deste AnderSonsBlog, o prefeito de Aracaju, ao liderar os debates da 84ª Reunião da FNP, foi decisivo mesmo quando defendeu um posicionamento efetivo dos municípios nas discussões sobre a reforma tributária.

Lógico que esse debate está apenas no começo e não se encerra no que defendem os municípios. Mas é sintomático que, pela primeira vez, haja uma proposta a partir justamente dos municípios. Também é importante ressaltar que o próprio ministro da Fazenda de Lula, Fernando Haddad, esteve na reunião e tenha ouvido o que pensam prefeitos e prefeitas sobre algo que os afetará diretamente.

De mais a mais, caso Lula leve adiante sua ideia de substituir o teto de gastos, é óbvio que uma reforma tributária terá que sair e terá que ser amplamente discutida, sob pena de jogar o Brasil num limbo econômico extremamente arriscado, ora pois!

Assim, cada um pode avaliar o sucesso da reunião da FNP sob a ótica que desejar. Mas é inegável que, ao estar à frente da instituição e abrir os debates sobre uma reforma tributária necessária, Edvaldo Nogueira se torna uma figura referencial nacionalmente.

Portanto, independente de qualquer análise política do evento, Edvaldo sai dele bem maior do que entrou por, de forma clara e objetiva, ter dado o start em um assunto que será o centro dos principais debates nacionais ao longo dos próximos meses. Simples assim!

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