Revolta, perseguição e uma gestão em total decadência: gestão de Zete de Janjão, em Gararu, é interpelada na Justiça por conta da transferência do professor Francisco Alves pra uma escola a 30 km de distância da sede do município

No século passado, uma prática nefasta, porém muito comum, era sempre usada quando os ‘coronéis’ mandavam na política em diversos municípios. E ela consistia no seguinte: servidor fulano de tal falou mal da gestão do prefeito ou da prefeita? Manda esse ‘fi da pé’ pra bem longe!

Mas isso era uma coisa do século passado, né verdade? Ei, mas pera aí: o Sintese, maior sindicato de Sergipe e que representa os profissionais da Educação de nosso estado, ajuizou ação em desfavor da gestão da prefeita de Gararu, Zete de Janjão (PSD) por mandar um professor pra uma escola que fica ‘só’ a 30 km da sede do município! Oxe, então Gararu ainda vive no século passado, na ótica da gestão de Zete?

E olha que a gente pensava que se tratava de uma gestão ‘moderna’, afinal a demissão de secretário pelo zap-zap, que já virou meme e uma péssima manchete da gestão de Zete, deveria indicar alguma ‘modernização’, né não?

Pois bem, mas voltemos a ação judicial do Sintese: nela, o professor Francisco Alves, que é da rede municipal de Gararu e da rede estadual de ensino, devidamente sindicalizado, buscou ajuda do sindicato porque, após uma entrevista concedida por ele a uma Web TV de Porto da Folha, simplesmente teve parte da sua carga horária transferida para uma escola a 30 km da sede.

Mas o leitor e a leitora pensam que parou por aí? Na-na-nim-na-nim-na-não! Segundo Francisco, até mesmo a utilização de supostas influências políticas para persegui-lo estão ocorrendo também no âmbito estadual.

E ele levanta a seguinte questão para provar seu ponto de vista: na prova realizada para a ocupação do cargo de diretor do Colégio Estadual José Augusto Rocha Lima, Francisco foi o primeiro colocado. Mas, misteriosamente, foi a segunda colocada quem foi nomeada. E isso, quando levamos em conta que as demais unidades educacionais ligadas à DRE 7, sob a qual Gararu se abriga, tiveram nomeados justamente os primeiros colocados, se não for perseguição, seria o quê, então?

E sabe quais foram os ‘grandes pecados’ cometidos pelo professor Francisco Alves? Relatar na entrevista dada as mazelas por quais passam alunos, pais e mães de alunos, funcionários e professores na rede municipal de ensino de Gararu, a exemplo de crianças estudando em garagens no povoado São Mateus, para ficar em apenas um exemplo já descrito por AnderSonsBlog (leia AQUI).

Bem, o caso foi entregue à Justiça pelo Sintese. Mas a sociedade sergipana inteira precisa se inteirar do que vem acontecendo em Gararu sob pena de, em caso de se ignorar esse tipo de prática, acabarmos aceitando que ainda estamos no século passado e que esse tipo de atitude de gestões ‘coronelizadas’ é algo normal… E que Deus nos livre e guarde de uma coisa dessas, né verdade?

 

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