Secretária da Fazenda, Sarah Andreozzi, ao ser sabatinada na Alese, fez importantes revelações. Situação e oposição tiveram razões para comemorar

A expectativa pela fala da secretária da Fazenda, Sarah Andreozzi, na comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Tributação da Alese, que aconteceu na última quarta, 1º, era realmente muito grande.

E, de maneira geral, foi contemplada: Sarah se mostrou conhecedora profunda dos temas que tratou e foi uma verdadeira gentlewoman – quem tiver um inglês mesmo que um pouquinho melhor do que o inglês de gago de AnderSonsBlog, pode me confirmar se gentlewoman está correto ou se seria um neologismo?

Pelo o que o site pôde perceber, apenas um único deslize: Sarah deixou no vácuo o deputado Marcos Oliveira (PL) quando o oposicionista perguntou qual o impacto na arrecadação do Estado do aumento de 18% para 22% do ICMS em terras sergipanas. Ela, por descuido ou propositalmente, não respondeu. Mas foi só isso. No mais, 100% de acessibilidade e de respostas claras.

Então, nesse caso, os governistas podem comemorar porque a secretária se provou, como diria o saudoso João Alves, cartesiana! E, para quem lida com números, isso é, como diria o saudoso Barrinhos, o axial. Além disso, outro ponto de seu perfil demonstrado foi que Sarah, como gostava muito de dizer o saudoso Marcelo Déda, agiu de forma absolutamente republicana.

Mas, e a oposição, comemoraria o quê, então? Aqui vão alguns pontos: primeiro que a audiência da secretária ganhou destaque mesmo por conta de deputados da oposição, especialmente o já citado Marcos Oliveira, além de Georgeo Passos (Cidadania), terem colocado na ordem do dia o aumento do ICMS.

E mesmo que o líder do governo, Christiano Cavalcante (UB), tenha dito que a luta por um ICMS menor seria de todos, até as águas do rio Sergipe estão cansadas de saber que governo quer, sim, aumentar a arrecadação. Se não for de um jeito, tem que ser do outro. Então, a queda no ICMS não é necessariamente uma bandeira governista, né isso?

Além disso, a fala da secretária afirmando que “equilíbrio fiscal é diferente de folga fiscal”, quando confrontada se haverá espaço para aumento salarial para os servidores, imediatamente abriu mais uma bandeira para os opositores atuarem, nesse caso em defesa dos servidores públicos que estão com salários absolutamente defasados.

E a oposição também pôde comemorar um fato que ela mesma atacou nas Eleições 22, quando argumentava que o ex-governador Belivaldo Chagas (PSD) não tinha resolvido a questão econômica sergipana, ainda que os salários tivessem voltado a ser pagos em dia. Sarah foi claríssima ao afirmar que apenas a receita advinda dos repasses federais haviam crescido. Ou seja: em última instância, quem “resolveu” o equilíbrio fiscal sergipano foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando aumentou os repasses constitucionais para o Estado.

E, por fim, ao final de dois meses no comando da pasta, Sarah Andreozzi garantiu que o planejamento para modernizar e otimizar a arrecadação – inclusive até para, quem sabe, abaixar o ICMS – já está 70% pronto. Cartesianamente falando, espera-se que com mais um mês do governo de Fábio Mitidieri (PSD) já se tenha 100% desse planejamento pronto e que ele seja colocado em prática. Sigamos!

 

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1 Comentário

  • Neilma Rapuzel

    4 de março de 2023 - 01:55

    Nós profissionais de Enfermagem aguardamos atentos que o governo cumpra sua promessa de campanha. Pague o piso da Enfermagem.

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