Táxis não acabaram com a chegada do Uber, assim como construtoras não acabarão por conta das Associações Pró-Construção

A afirmação do título acima, ainda que seja simples, contém uma dose firme de verdade. E AnderSonsBlog aproveita a deixa pra reafirmar que nesse imbróglio todo da tentativa da Aseopp de judicializar e até impedir a atuação das Associações Pró-Construção – desproporcional, na opinião aqui da casa -, não se trata de ter um lado, mas de lutar para que todos os lados possam trabalhar livremente e a população tenha liberdade de escolha pra definir como deseja adquirir seu imóvel. Não é algo simples por demais?

Bom, mas nada é tão óbvio que não mereça esclarecimento e explicações bem fundamentas. Assim, pra seguir pontuando sobre essa imensa polêmica toda, este site vai realizar uma comparação empírica, mas ainda assim muito válida no sentido de levar clareza à sociedade sobre a situação em discussão.

Até a chegada da verdadeira revolução que a Internet está ofertando a todos, sem distinção, na hora de utilizar um transporte pago e individual, a pessoa precisava pegar um táxi, perfeito?

Bem, mas seja o valor da corrida, seja a rota entre o local de partida e o destino, seja o tipo do veículo, enfim praticamente tudo o passageiro só saberia na hora, sem poder algum sobre o serviço que iria usufruir. E mais: ou ia pra rua ou um ponto de táxi, ou tinha que ligar pra uma operadora. Era uma operação na qual o cidadão e a cidadã não tinha muito a fazer, a não ser seguir viagem ou desistir dela – e levar aquela xinga do motorista quase que invariavelmente.

Mas com a chegada dos aplicativos de transporte, iniciada pela Uber, a coisa mudou de figura. O poder decisório passou, literalmente, para as mãos do usuário, ao alcance de um clique no celular. Aí o valor da corrida, a rota a ser percorrida, o tipo de veículo, incluso o modelo, e até o nome do motorista, tudo sob o poder de decisão do contratante do serviço. E se não gostar do que lhe foi oferecido, a pessoa ainda pode cancelar o serviço – sem levar xinga, ainda que tenha que pagar por isso -, dar uma nota baixa ou mesmo fazer uma reclamação formal. O poder passou para as mãos de quem paga, ora pois!

E os táxis acabaram por conta disso? Ora, ora, basta olhar nas ruas das cidades, especialmente nas maiores e nas capitais, e ver que táxi ainda tem de montão. O que mudou foi que os taxistas passaram a melhorar seus serviços e, em alguns casos, passaram a atender através de aplicativos também – desde que a operadora aceite o veículo do proponente, tá tudo certo!

E vale lembrar que táxi é uma concessão pública, devendo ser renovada de tempos em tempos, com pagamento das taxas e da aferição do taxímetro. Já a Uber e demais aplicativos também recolhem taxas, só que de corrida em corrida. Ou seja, as duas atividades geram arrecadação, ainda mais pelo fato de que da aquisição do veículo e de todos os insumos, combustível à frente, tudo tá taxado, porque os governos não perdem nada, não é mesmo?

Neste ponto, AnderSonsBlog reforça que aqui se trata de uma comparação empírica, simplificadora até. Mas não deixa de ser sintomática, pois trata de um mesmo seguimento que tem caminhado rumo a uma modernização que não anula uma ou outra forma de atuar no mercado, compreende, leitor e leitora?

E embora seja uma visão alegórica e simplista, serve demais pra lembrar as construtoras, representadas pela Aseopp, que as Associações Pró-Construção representam um outro modelo de operar no mercado imobiliário e não de uma exclusão do formato mais tradicional.

E, por fim, o fato é que o “mundo gira e a Lusitana roda”, conforme dizia o velho slogan. Melhor do que combater é se adaptar, se modernizar. E melhor ainda se, ao final e ao cabo, deixar na mão da sociedade, de cada cidadão e cada cidadã, um poder cada vez maior para decidir o que efetivamente deseja. Assim todos saem ganhando! Simples, né?

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