Nas últimas horas, faltando poucas horas para o início do julgamento no TSE de Valmir de Francisquinho e de seu filho, Talysson de Valmir, ambos do PL, cujo resultado pode impedir a participação dos dois nas Eleições 22, pipocaram na imprensa informações sobre as movimentações do PL quanto a contratação de escritórios de advocacia para a defesa de seus filiados que serão julgados.
Para AndersonsBlog isso se trata de uma manobra diversionista, que tenta distrair o respeitável público do que realmente importa: o PSD quer por que quer ver Valmir e Talysson cassados e detonados, eleitoralmente falando. E esse é o fato relevante!
Sim, porque o acusado constituir advogados para sua defesa é o normal. É o cachorro mijando no poste, é o curso natural das coisas.
Agora, o Ministério Público Eleitoral ofertar uma denúncia, ela ser acatada, seguindo sua tramitação normal e, quando numa instância como o TSE, vir um terceiro e assumir a função de acusador, aí já é o poste mijando no cachorro, né não? Claro que tudo previsto constitucionalmente, legalmente. Mas, ainda assim, não se trata do curso normal das coisas.
E é isso o que estamos vendo: o Ministério Público, através da sua procuradoria, diante da manifestação do PSD de que desejava participar do processo contra Valmir como assistente de acusação, simplesmente abriu o espaço e, assim, é o PSD quem, no atual julgamento, será o acusador. E não dá para fugir dessa verdade nem com as mais engenhosas manobras diversionistas, viu?
Assim, de fato o que realmente importa é que o PSD já vai no terceiro, isso mesmo, terceiro escritório de advocacia contratado para impedir Valmir de Francisquinho de ser candidato a governador de Sergipe.
Inclusive, um detalhe pesado: no último escritório que o PSD contratou, na última semana, trabalha o advogado que defendeu o casal Nardoni, acusado e julgado culpado do assassinato da menina Isabela, um caso de abalou o Brasil.
E ainda vir gente graúda do PSD dizer que não tem nada a ver com o processo de Valmir? Tão querendo fazer o povo de idiota, é? Senão vejamos: Belivaldo Chagas, o governador, é filiado ao PSD, se elegeu pelo PSD, disse que chegaria para resolver pelo PSD e agora não tá nem aí e nem chegando pro PSD e pro processo eleitoral? Ah! Tá de sacanagem, né?
Belivaldo, além da deselegância de mandar Valmir comprar “um caminhão de velas e ir rezar”, disse que não estava nem aí pro processo de Valmir, assim como não esteve nem aí pro processo dele mesmo. E é? Então porque contratou escritórios e mais escritórios de advocacia para se defender? Me engana que eu gosto…
E Fábio Mitidieri, pré a governador pelo PSD, dizer, em suas redes sociais, que não tá nem aí pro processo de Valmir, que ele não tem processo e que cada um cuide do seu e blá, blá, blá? Pera lá, tá de sacanagem também, né?
Primeiro que Fábio tem processo, sim! E daqueles bem cabeludos, se é que me entendem. Mas, como ele é deputado federal, ganhando foro privilegiado, o processo dele tá no STF. Mas, um dia, vem à tona, ora se vem…
E caso Valmir fique inelegível, todos os prés a governador ganharão, pois Valmir é o líder nas pesquisas. Mas o fato é que apenas e tão somente o PSD constituiu advogados para trabalharem na acusação contra Valmir. Fato! Não tem como desmentir isso e, por tabela, que, dentre os prés beneficiados com uma eventual saída de Valmir da disputa, Fábio Mitidieri é pré justamente do partido que, juridicamente falando, quer… tirar Valmir da disputa!
Já o presidente do PSD sergipano, Jeferson Andrade, que nada fala sobre o assunto, foi aquele que assinou procuração para os advogados que o partido que ele preside contratou, autorizando-os a atuarem na acusação contra Valmir. E tudo isso sob o mi-mi-mi de que o PSD estaria de olho na vaga de Talysson na Alese – faltando seis meses pro fim do mandato? Tá de sacanagem também, né não?
Mas, no caso de Jeferson, tem um agravante: ele é filho do conselheiro do TCE/SE, Ulisses Andrade que, por sua vez, seria o único nome que poderia ter tirado Valmir de Francisquinho da disputa sem a necessidade dessas jogadas de tapetão, uma vez que o próprio Valmir havia dito que votaria em Ulisses tranquilamente. É ingratidão que fala, né?
Enfim, o julgamento vem aí e, independente do resultado, já se tornou o fato mais relevante das Eleições 22. Se Valmir perder, todas as prés ao governo terão que refazer suas estratégias, quase que começando do zero.
E se Valmir ganhar, muito provavelmente será apenas a primeira vitória, sendo que a segunda deve acontecer daqui a pouco, já em outubro. E, nesse caso, não se trata de adivinhação, não!
É que, vencendo hoje, Valmir terá ultrapassado o maior obstáculo que lhe foi imposto até este momento, uma vez que, em termos de votos, quem ajuda Valmir a galgar espaços e superar obstáculos é a população mesmo. Alguém tem dúvida disso?