Traição política em Itaporanga pode vir a ter nome e sobrenome: Felipe Sobral, presidente da Câmara e suposto candidato de si mesmo a prefeito. Entenda

Ainda não se trata de uma questão 100% fechada, não! Mas que os bastidores da política em Itaporanga D’Ajuda estão de QAP, isso é um fato incontestável!

E tudo por conta do vereador Felipe Sobral (Progressistas). É que o atual presidente da Câmara itaporanguense não esconde de ninguém que intenciona ser o próximo candidato a prefeito nas Eleições 24. Até aí, tudo bem, claro! É um direito legítimo dele votar e ser também votado.

Acontece que as movimentações do parlamentar têm sido independentes inclusive do grupo político do qual faz parte, capitaneado pelo atual prefeito reeleito Otávio Sobral, também do Progressistas, e do deputado estadual Marcelo Sobral (União Brasil).

E para comprovar essa postura, Felipe tem se posicionado como candidato “a pulso”, pois ele mesmo já admitiu que se lançará seja com a chancela de seu agrupamento, seja com uma indigesta união com a oposição e, se nada disso der certo, seja como uma terceira via na política local.

Só que um olhar mais detalhado sobre a política de Itaporanga acaba revelando algumas questões que chamam a atenção!

A primeira delas é que Felipe se elegeu vereador com um aval claríssimo de Otávio e de Marcelo, embora os dois tenham se resguardado de um eventual apoio público até mesmo para evitar constrangimentos aos demais candidatos do agrupamento.

Porém, após eleito, Felipe teve total empenho, tanto de Otávio como de Marcelo, para chegar à presidência da Câmara já em seu primeiro mandato parlamentar no município.

E isso não é pouca coisa, visto que a força do mandatário municipal sempre é decisiva para a escolha do comando do Legislativo, né verdade?

Mas, após chegar à presidência e se reeleger para o posto, Felipe Sobral passou a mirar a prefeitura como se isso fosse uma consequência do cargo que atualmente ocupa e como se a sua chegada ao comando do Legislativo fosse obra e graça apenas dele, sem que fosse preciso o apoio do grupo político em que ele está inserido.

E por qual razão os interlocutores que ouvem o que Felipe tem dito se espantam com o que têm ouvido? É simples demais: mesmo que o desejo de administrar Itaporanga seja legítimo, jamais a imposição do próprio nome seria algo aceitável do ponto de vista de fidelidade ao grupo do qual se faz parte.

Daí que se aventar a possibilidade de se unir à oposição ou se aventurar numa candidatura por uma terceira via se configuraria em manifestação mais do que clara de uma traição sem precedentes na política itaporanguense.

O saudoso Marcelo Déda tinha uma frase lapidar para quando os interesses pessoais se sobrepunham os do agrupamento político. Dizia ele que “quem não tem fidelidade ao seu projeto político dificilmente terá fidelidade ao povo”.

Por isso mesmo é que Felipe Sobral tem que repensar sua postura porque, como já dito, é legítimo que ele deseje administrar o município, mas é imprescindível que ele seja fiel ao seu agrupamento para que, assim, o povo possa confiar nele. Não é simples demais entender isso?

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