Por ser um leitor contumaz do site JL Política, do jornalista Jozailto Lima, AndersonsBlog faz questão referencia-lo e reproduzi-lo por aqui também, especialmente quando se trata de um texto qualificado e analítico, como este Ciclos e Sucessões em Sergipe (leia aqui), da lavra do jornalista, marqueteiro, poeta e dramaturgo Carlos Cauê. Nele, o atual secretário de Comunicação de Aracaju faz uma leitura minuciosa sobre as dificuldades impostas pelas singularidades que permeiam o processo eleitoral neste ano da graça de 22. Assim, a sugestão é que você, leitor e leitora, clique no link acima e o leia por completo. Mas, aqui neste site, vamos fazer um breve e relevante recorte nas falas de Cauê: “Agora, sem que esse novo ciclo nascente esteja claramente definido, o pleito em curso ocorrerá numa espécie de limbo entre uma dimensão que não se findou totalmente e outra que ainda não se afirmou de vez. O que é certo é que apresentará – como, aliás, já vem fazendo – as novas caras da etapa seguinte na disputa política em nosso Estado. Ou seja, os potenciais líderes de uma nova fase política em Sergipe. O governo de Belivaldo Chagas tem o mérito de ser a transição entre esses dois momentos históricos”. Pimba, na mosca, na veia! Carlos Cauê, até pela elegância que lhe é peculiar, abdica da citação de nomes que representarão essas “novas caras”. Por isso que, AndersonsBlog, sutil que só um elefante numa loja de cristais, vai se imiscuir no debate, elencando aqueles que, quer queira, quer não, podem compor essas “caras”, mas lembrando que isso não significa, necessariamente, que elas tenham que ser novas na idade ou no tempo de atuação na vida pública. Para AndersonsBlog, na verdade são as caras que ocuparão o espaço público como novas lideranças daqui por diante. Senão, vejamos: Edvaldo Nogueira (PDT), Fábio Mitidieri (PSD) e Laércio Oliveira (PP), nomes da base governista, devem sair mais líderes do que vão entrar nesse processo sucessório estadual. Lógico que o que for escolhido pela base governista, ganhando ou não a eleição, terá mais destaque. Mas não se pode desprezar o peso que os que não forem escolhidos terão nesta eleição e também nas próximas. Já pelas bandas da oposição: Alessandro Vieira (sem partido), Emília Corrêia (Patriotas), Danielle Garcia (Podemos) e Valmir de Francisquinho (PL), independente de saírem juntos em torno do nome de um deles ou não, também se apresentam como as “novas caras” no sentido de lideranças políticas que desempenharão um papel importante em 22, em 24, em 26 e assim sucessivamente. Até mesmo um azarão na disputa, caso de João Fontes, agora no comando do PTB em Sergipe, tende a sair maior do que vai entrar nessa eleição. E mesmo o senador Rogério Carvalho (PT), pré ao governo, ainda que não tenha se desvencilhado suficientemente da pecha de governista, também já se apresenta como a “nova cara” petista para os embates nos anos vindouros. Sim, Cauê, você acertou na mosca, como é de seu feitio, ao analisar que nesta eleição se escreverá os nomes e se desenharão os rostos daqueles que, seguindo na política, serão os líderes dos processos eleitorais, na oposição ou na situação, pelos anos vindouros e até que esse processo de renovação volte a acontecer, daqui a 20, 25 anos. Eis, portanto, a característica cíclica da história. E oxalá esses nomes aqui transcritos – ou outros que possam vir surgindo pelo caminho – tenham grandeza de atuação para, assim como alguns que já passaram, poderem escrever seus nomes na história político-administrativa de Sergipe pelos séculos e séculos, amém!