Mesmo com as críticas contumazes de setores mais a esquerda da política nacional – e local, né? –, é preciso reconhecer que o agronegócio é, sim, um impulsionador econômico incrivelmente forte. Além, é claro, de servir como uma espécie de bússola para a economia em si e para o posicionamento estratégico do Brasil no cenário geopolítico. Então, por mais que se critique, não há como prescindir de um agronegócio forte. E o Nordeste, meio que um patinho feio nesse setor, com bolsões produtivos em nichos como Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, por exemplo, pode, finalmente, estar a caminho de se tornar cada vez mais relevante no agronegócio nacional. E Sergipe pode se dar muito bem por aí também! É que o Banco do Nordeste anunciou a criação de uma superintendência específica para atender o setor. E a coisa toda não é fraca, não! O orçamento para este ano será de R$ 9 bilhões!
Sergipe na fita!
E olha só, leitor e leitora, que notícia alvissareira: Sergipe, desse montante total, tem previsão de investimentos da ordem de R$ 525 milhões para sua agricultura, pecuária, agroindústria e microcrédito rural!
Lógica técnica
Para explicar direitinho a necessidade da criação dessa superintendência, a fala exata é a do presidente do Banco do Nordeste, José Gomes da Costa: “todas as operações ligadas ao agronegócio e que estavam espalhadas por três áreas de negócio passam a ficar sob o mesmo comando. Isso permite uma visão sistêmica e um olhar integrado. Mas, o principal é a agilidade que vamos ganhar nas operações de crédito”. Simples e direto, né isso?
Números, números e números
E o material produzido pela competente equipe de Comunicação do Banco do Nordeste fala por si. “Uma das ações estratégicas do banco foi a mudança no cartão BNB Agro, que teve seu limite elevado de R$ 5 milhões para R$ 20 milhões, e o prazo ampliado de cinco anos para até 10 anos, em algumas operações. Além disso, esse crédito, de caráter rotativo, permite que o produtor realize aquisições de forma mais ágil por longos períodos de tempo sem necessidade de novas operações na agência bancária”.
E seguem as informações técnicas…
“Há também mudança na definição do limite de crédito em operações de câmbio, o que aumenta a capacidade de captação de recursos pelos produtores. A partir deste ano, o Banco do Nordeste considera as amortizações futuras de operações durante a avaliação de limite de crédito. Antes, uma nova operação só era liberada após a quitação total do empréstimo, mesmo em outras instituições financeiras. Isso permite que o produtor utilize toda sua capacidade de captação de crédito em diferentes operações de câmbio. Atualmente, o Banco do Nordeste é líder no crédito rural respondendo por 58% dos financiamentos de longo prazo. Com uma rede com 292 agências, atende 2.074 municípios e impactou na criação ou manutenção de mais de 900 mil postos de trabalho em 2021, segundo estudo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene)”.
Resumão do AndersonsBlog
Olha, quem conhece o agronegócio sergipano, que tem no milho o seu principal produto, sabe que o setor no Estado é grandioso, trabalhador, gerador de emprego e renda, enfim, é um segmento em ascensão. E, claro, apoio financeiro pode e deve ser decisivo na hora de se pensar grande.
Resumão do AndersonsBlog 2
Em conversa com AndersonsBlog, alguns meses atrás, o secretário de Agricultura de Sergipe, Zeca da Silva, havia garantido que a agricultura familiar continuaria tendo total atenção por parte de sua pasta, algo que de fato aconteceu. Mas, ainda segundo ele, seria necessária uma atenção maior ao agronegócio, que meio que andava com as próprias pernas, mas merecendo um apoio maior da parte governamental.
Resumão do AndersonsBlog 3
Pois bem: o governo estadual, através do Banese, tem feito a sua parte. E agora, com esse aporte do Banco do Nordeste, os horizontes sem ampliam para essa importante atividade econômica sergipana. Ainda bem!