COM VÍDEOS – Imagens aterradoras da violência em Capela não podem ser esquecidas sob risco de se repetirem nas próximas edições da festa

Não, aqui não se trata de uma análise hipócrita sobre as tristes e horripilantes cenas de violência durante a Festa do Mastro, em Capela, que viralizaram, infelizmente, tomando conta da internet.

Na verdade, AndersonsBlog também não deixa de citar que muitos e muitos vídeos da festa rolaram geral, mostrando que o evento é responsável pela alegria da imensa maioria.

Então, por que insistir nos vídeos negativos? Duas razões: primeiro para, dentro do possível, fazer com que a cara desse bando de marginal, travestidos de brincantes em uma das mais incríveis manifestações populares sergipanas, seja exposta ad infinitum até que, enfim, sejam identificados e devidamente presos, como, graças a Deus, já ocorreu com o agressor do comerciante Denisson Marques Melo, assassinado em via pública.

E a segunda razão é a mais óbvia possível: se não deixarmos cair no esquecimento essa barbárie, é possível que em anos vindouros o desfecho da festa capelense seja outro.

Sim, porque até a semana passada, o principal problema da festa em Capela era a realização ou não de um evento chamado Matiné do Sukita, organizado pelo ex-prefeito da cidade, Manoel Sukita (sem partido), e que teria Durval Lélis como maior atração.

A festa foi proibida por decisão judicial, que alegava não haver segurança para o público. Houve até citação a tragédia na Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, há alguns anos, para justificar a não realização.

Ora, e as festas de rua garantiriam essa mesma segurança? Pelo que se vê nos vídeos, com a repórter da TV Atalaia, Jessika Cruz, sendo atingida por uma pedra quando estava fazendo seu trabalho juntamente com outras equipes, lógico que não!

Como se vê nos vídeos após a festa, com a pancadaria comendo solta, é óbvio que não. E como se vê no terceiro vídeo aqui no AndersonsBlog, devidamente editado para evitar ainda mais sofrimento para a família de Denisson, é absurdamente claro que não houve garantia de segurança para seu ninguém!

E a mesma Justiça que viu riscos em uma festa, não viu isso na outra? E porque festas tão ou até maiores que a de Capela, em termos de presença total de público, como as de Aracaju, Itabaiana, Estância e Lagarto, por exemplo, apesar das ocorrências existirem, não atingiram tal grau de periculosidade?

São muitas as perguntas que podem e devem seguir sendo feitas. Mas o mais importante é que a festa de Capela não pode ser detonada ou cancelada. Ela tem que ser é bem-feita, ora pois!

Estado e município precisam rever suas atuações neste 22 e, de forma clara, demonstrar capacidade de sanar as falhas ocorridas. A prefeita Silvany Mamlak (UB) bem que poderia se manifestar publicamente sobre o festival de agressões que rolou na cidade que ela administra.

E como, de fato, a segurança é um dever do Estado, seria de bom tom que o Estado se manifestasse também! O que não dá é vermos que uma legião, pequena, é verdade, de marginais acabou ofuscando um evento da grandeza e magnitude da festa capelense por conta da canalhice agressora.

Assim, não é hora de se politizar tais tragédias. Mas também não é hora de gestores e autoridades, municipais, estaduais e mesmo da Justiça, se calarem diante dos absurdos observados.

Assim como também não é hora de se condenar a Festa do Mastro, numa atitude tipo: “matar o boi pra acabar com o carrapato”.

A Festa do Mastro é gigante, é do povo de Capela e é de todo povo sergipano também. O que falta é atitude e gente com coragem pra assumir responsabilidades – e também cobrá-las, viu Ministério Público?

Se tudo for feito como deve ser, com vigilância inteligente, revista efetiva, rondas constantes, presença ostensiva e, principalmente, punição exemplar de todos os que cometeram tantos crimes, aí sim, em 23, a Festa do Mastro pode e deve continuar a ser só alegria.

E os vídeos que dela forem extraídos e divulgados poderão focar somente na expressão da máxima felicidade de todos os brincantes presentes. Sem mais!

 

 

 

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