Eita que a política é negócio do cão mesmo. Aliás, tem um amigo de AnderSonsBlog que diz que a política é simples demais: se botar uma lona, vira um circo. Se botar um muro alto, vira um hospício. E não é para menos… vai vendo!
O deputado estadual Jorginho Araújo (PSD) retorna ao comando da Casa Civil do governo de Fábio Mitidieri, também PSD. Em seu lugar, na Alese, assume o vereador de Aracaju, Manoel Marco, uma vez que o primeiro suplente de Jorginho, Sérgio Reis, ambos do mesmíssimo PSD, seguirá como secretário Especial de Sergipe em Brasília.
Até aqui, tudo normal. Mas, após assumir a Casa Civil, Jorginho deixou a secretaria para assumir seu mandato de deputado. E, em um mês de atuação da Alese nessa nova legislatura, tome “pau no lombo” de Jorginho. “Ah! Esse não volta mais!” ou “foi à feira, perdeu a cadeira! Foi ao vento, perdeu o assento” ou ainda “Esse já perdeu a moral com o governador”. Pera lá, gente, é sério isso?
Veja, leitor e leitora, com apenas um mês de sua gestão, Mitidieri já mudaria a titularidade de uma de suas mais importantes secretarias, a Casa Civil, justamente aquela em que o governador tem de confiar de olhos fechados, uma vez que o seu secretário é praticamente quem abre a porta do gabinete do comandante do Estado? Lógico que não, né?
Então, porque haveria gente plantando vento pra colher tempestade através de notas e posicionamentos opinativos na imprensa sobre essa suposta queda prematura de Jorginho? Pela mais pura e, por que não dizer, repugnante ação dentro da política e de qualquer administração: interesse pessoal!
E, como entende que os ataques a Jorginho não vieram de um só lugar, AnderSonsBlog identifica três tipos de fofoqueiros que, maledicentemente, tentaram tomar a Casa Civil na tora: 1 – gente neófita na política que crê que estar próximo ao governador pode lhe cacifar politicamente fora das paredes do Palácio dos Despachos; 2 – gente experiente na política que sabe o quanto poderia influenciar de “dentro pra fora” comandando a Casa Civil, beneficiando seu próprio projeto político; e 3 – gente experiente na política e em “tenebrosas transações” que, sonhando em comandar a Casa Civil, sonhava em abrir a porta do governador e também os bolsos de quem por ela passasse. Simples assim! Terrível assim!
Joginho Araújo é jovem – e seu pai, Jorge Araújo, quando assumiu a mesma função no governo Albano Franco, nos anos 1990, também o era e o sucesso administrativo daquela gestão levou ao seu sucesso eleitoral, né mesmo? –, tem perfil conciliador e será sempre aberto ao diálogo.
Só que mesmo diante dessas positivas características, no acerto ou no erro ele será criticado por essas mesmas figuras que se escondem sob os perfis citados acima. Não tem jeito, pois será assim ad eternum, isso é do jogo político – embora seja terrível o conceito de fogo-amigo!
Acontece que, para o bem de Sergipe, o desejo é que Jorginho acerte sempre. Mas, pelo seu perfil, fica claro que, mesmo que cometa algum erro, jamais terá sido com a intenção de prejudicar o governo de Fábio. Até porque a relação entre ambos é de amizade e de confiança, ambas vindas de longa data.
Então, Fábio Mitidieri acerta ao encerrar as especulações e levar de volta Jorginho Araújo para sua antessala. Acerta ainda mais por fazer as línguas ferinas saírem queimadas desse episódio. E, no mínimo, essa atitude do governador ajuda a desestimular uma ruma de urubu que anda tentando ter uma Casa Civil pra chamar de sua. Sigamos!