Weldo Mariano é afastado e volta ao cargo de prefeito de Canindé em menos de uma semana. Tem como chamar isso de normal?

Aproveitando que abrimos essa postagem com um questionamento desde o título, vamos seguir questionando?

Se o Ministério Público Estadual (MPE) pediu o afastamento por 60 dias do prefeito de Canindé, Weldo Mariano (PT), além das suspeitas em si de problemas na gestão, não caberia alguma prova cabal pra pedir o afastamento de forma a evitar que o pedido liminar fosse acatado e o prefeito voltasse quase que o imediatamente ao cargo?

Se Weldo foi denunciado no MPE, ainda que se mantenha o sigilo sobre o denunciante, não seria interessante deixar claro pra sociedade ao menos alguns pontos da denúncia que levou ao pedido de afastamento, sem generalizades do tipo “indícios de problemas nessa ou naquela área” e coisa e tal, isso pra evitar que o desgaste político ocorresse antes da comprovação efetiva do cometimento de alguma possível ilegalidade?

Se foi o MPE que pediu o afastamento, será que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não estaria cumprindo regiamente o seu papel de fiscalizador a ponto de deixar que supostas irregularidades ocorressem até que fosse necessário um afastamento?

E se cabe ao TCE julgar as contas municipais, não estaria na hora, em tempos de tanta tecnologia, de começar a julgar essas mesmas contas num prazo mais célere, justamente para lançar luz sobre a forma como os gestores conduzem o erário público, até para que essas operações, que pedem esses afastamentos, tivessem embasamento fechado quanto a conduta do gestor?

E, finalmente, se há o entendimento do MPE que, para sanar supostas falhas administrativas, é imprescindível o afastamento do gestor, isso significaria que o TCE seria incapaz de analisar os dados fornecidos pelas gestões, e apontar as falhas, quando o gestor está comandando uma gestão?

Veja, leitor e leitora, são questionamentos sinceros, sem curvas e nem desvios, deste AnderSonsBlog que se baseiam em uma única e exclusiva premissa, que tambem vem em forma de questionamento: um município como Canindé, que tem um histórico terrível de problemas políticos, administrativos, policiais e judiciais ao longo dos anos – temas que nem dá pra tocar agora aqui pra não alongar infinitamente sua leitura – merece mesmo, mais uma vez, de novo e novamente, viver inseguranças jurídico-administrativas do tipo que tiram e botam um prefeito na prefeitura num prazo de menos de uma semana?

AnderSonsBlog tá só perguntando…

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