Em relação a influência dos deputados estaduais nas redes sociais: levantamento do site O Caju e quando a gente concorda em discordar

Um trabalho bem legal do portal O Caju está circulando nas redes (leia AQUI). Nele, a partir de destaque dado à uma pesquisa do DataSenado, realizada em 19 e que destaca que o eleitorado está cada vez mais atento ao que os políticos postam em suas respectivas redes sociais, o portal sergipano faz um belo levantamento sobre o total de seguidores que os deputados e deputadas estaduais de Sergipe possuem também em suas respectivas redes sociais, especialmente o Instagram e o Facebook, ambas do moço popularmente conhecido como Zuck – conhece?

Mas, mesmo dando total crédito ao levantamento realizado pelo O Caju, AnderSonsBlog se vê impelido a discordar de um termo utilizado pelo portal. Na avaliação deste, pelo quantitativo é que se chega a capacidade de influenciar, tanto é que o título da matéria é “Descubra quem são os deputados estaduais mais influentes nas redes sociais em Sergipe”.

Mas o total de seguidores reflete diretamente no poder de influência deste ou daquele deputado? Na opinião de AnderSonsBlog, não! E não é que a quantidade de seguidores não importe, não se trata disso! É que influência é um termo abrangente demais.

E vamos exemplificar: dois deputados da oposição, Georgeo Passos (Cidadania) e Marcos Oliveira (PL) tem posições na lista de O Caju nem um pouco excepcionais. George está ali na sexta colocação, enquanto Marcos, que teve seu Instagram hackeado recentemente, é apenas o 22º. Mas tem como não avaliar que os dois, especialmente numa luta abrangente, a redução da alíquota do ICMS, têm influência ativa nas redes sociais?

Tanto isso é verdade que o governador Fábio Mitidieri (PSD), após um período em silêncio, acabou anunciando que está trabalhando a redução do ICMS sergipano, ora pois! Lógico que a decisão governamental vai de encontro aos reclames da população, cujo canal de expressão é majoritariamente as redes sociais, né isso?

Num outro flanco, dos parlamentares mais bem posicionados na lista, Luizão Donatrampi (UB) e Linda Brasil (Psol), 1º e 2ª, é lógico que suas redes são grandes, mas também é óbvio que suas maiores influências se dão em grupos bem específicos – Luizão entre os bolsonaristas e Linda entre os esquerdistas. Não se pode desmerecer o trabalho de ambos nas redes sociais, mas não dá para garantir que, com pautas mais específicas, eles possam ser considerados os mais influentes, né verdade?

Assim, a proposta levantada nessa postagem é bem simples: até que ponto é possível considerar que o quantitativo supera o qualitativo nas redes sociais? Ter muitos seguidores garante ter maior influência? Ter menos seguidores, mas tocar em temas mais amplos, socialmente falando, não teria mais capacidade de influenciar a sociedade?

São temas em aberto, que merecem discussões. E assim, parabenizando o levantamento de O Caju, este AnderSonsBlog concorda em discordar da utilização do termo “mais influentes”, por entender que, para se chegar a essa conclusão, apenas o número total de seguidores não seria suficiente. E segue o baile!

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2 Comentários

  • Wilker Lima

    25 de março de 2023 - 10:16

    Concordo plenamente com o seu texto amigo.

  • Eduardo Buda

    26 de março de 2023 - 02:24

    Concordo, numero de seguidores nao significa influenciar ELEITORES, quantos influencers foram candidatos e tiveram desempenho pífio

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