Alguns leitores – alô meu amigo Márcio Prata – questionaram a razão deste AnderSonsBlog ter encampado a luta das Associações Pró-Construção pelo direito de trabalharem em paz.

Além do que sempre é dito aqui neste espaço quando o assunto é esse, considerando desproporcional a luta pra judicializar a questão patrocinada pela Aseopp contra as associações, AnderSonsBlog lembra que ficou efetivamente impactado pela entrevista do advogado Pedro Celestino, da Aseopp, ao portal JL Política, do querido Jozailto Lima (leia AQUI).

Mas o impacto se deu negativamente pelo tom agressivo utilizado pelo advogado. Pareceu a este site algo fora de tom, especialmente por conta de frases como esta, ditas pelo próprio advogado: “eu não tenho dúvida de que a ação das Associações Pró-Construção, da forma como são desenvolvidas em nosso Estado, se trata de um negócio completamente ilegal“.

Nossa, que declaração forte, né? Mas foi justamente aí que veio a percepção daqui da casa de que se tratava de algo desproporcional. E tome estudos, aprofundamento e um grande fluxo de informação chegando até este AnderSonsBlog.

Aí ficamos sabendo – e compartilhamos com você, leitor e leitora – que já vamos em 52 associações formadas em Sergipe, sendo 35 deles já devidamente entregues; que são 3.392 unidades, sendo estas divididas entre apartamentos, casas, lotes e unidades comerciais, já entregues, em obra ou fase de poupança; que uma construtora sergipana, a Santa Maria, já oferece o modelo associativo; que uma mega-construtora, a maior do Nordeste e a 7ª maior do País, a Moura Dubeux, de Pernambuco, também oferta essa modalidade nos mercados imobiliários aonde atua; enfim, a lista é grande e a circulação de informação livre e garantidora do contraditório, essência de uma sociedade democrática, tem sido imensamente satisfatória, né verdade?

Agora, também chegou até este site uma informação, digamos, mais prosaica: a de que o próprio advogado da Aseopp já viveu em um imóvel construído a partir do modelo associativo e ainda tem familiares que moram nesse tipo de imóvel, numa prova inconteste de que há, sim, legalidade nesse tipo de construção, correto?

Diante de tantas coisas, tantas informações, espaços para o contraditório – o próprio Luciano Barreto, presidente da Aseopp, já frequentou este espaço democraticamente e foi um gentleman –, com parte da imprensa também lançando luz sobre esse importante tema, algumas reflexões se impõem neste momento.

A principal delas é a seguinte: é lógico que a assessoria jurídica da Aseopp faz o seu papel ao “mostrar serviço”, é da natureza da atividade. Mas para uma entidade que já teve bandeiras magnânimas como a batalha pelo melhor preço, pelo preço justo em obras públicas, essa briga de foice no escuro contra as Associações Pró-Construção não se configura num apequenamento da própria Aseopp? E, assim, também não corre o risco dela passar a impressão de que está brigando por uma reprovável reserva de mercado? Não estaria, sob tais condições, a Aseopp sendo induzida ao erro por conta justamente dessa necessidade de se “mostrar serviço” a qualquer custo, ainda que isso acabe por prejudicar a própria Aseopp? E uma figura experiente como Luciano Barreto, tão experimentado na vida e nas relações humanas, é merecedor de ser levado a uma batalha obviamente inglória?

São indagações pertinentes, mas que valem mesmo é para a reflexão da sociedade. Até porque, como reza a sabedoria popular, nenhuma decisão tomada com o fígado tem chance de dar certo. Que as Associações Pró-Construção sigam, que as construtoras sigam e que a sociedade, em ambos os casos, saia ganhando sempre! Simples assim!

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