Conceder reajustes salariais para servidores públicos é um desafio sem tamanho. Sim, porque de um lado qual é o gestor que não deseja reajustar salários e ficar de bem com os servidores? Mas, por outro lado, qual gestão pode desenfrear suas contas e cair na Lei de Responsabilidade Fiscal, incorrendo até em improbidade administrativa?
Diante dessa realidade, gestores sérios tentam, pelo menos, recompor a inflação e, com isso, impedir maiores perdas aos seus servidores. E essa prática salutar vem sendo aplicada em Estância pelo prefeito Gilson Andrade (PSD).
Mas nem essa luta para garantir a qualidade de vida dos trabalhadores do setor público é respeitada por quem não vê outra coisa à frente que não seja as próximas eleições. E esse é o caso do vereador Isaias Negobia (PSOL) que, veja só, leitor e leitora, também preside o Sindseme, que vem a ser o sindicato que engloba os servidores e servidoras estancianos.
Apesar do esforço da gestão municipal, de dialogar com o Sindseme a respeito do percentual que seria aplicado de 5,63% de recomposição salarial além de pouco mais de 15% para aumentar o auxílio alimentação, o sindicato, através de seu presidente e sua diretoria, participou de duas mesas de negociações com o prefeito, levou as propostas, mas não deu um retorno oficial à gestão que, por sua vez, jamais poderia deixar os servidores na mão e, mesmo sem o Sindseme se dignar a responder oficialmente, enviou o projeto de reajuste para a Câmara de Estância cumprindo rigorosamente o que diz a legislação municipal.
Nas mãos dos vereadores, projeto andou e, na votação, 12 votos a 2 pela aprovação. E quais os dois contra? Os dois do PSOL, Isaias Negobia e Evandro da Praia! Olha, ser contra o aumento para os servidores está no direito dos vereadores. Agora, sair espalhando que o prefeito não dialogou, aí já são outros quinhentos, viu?
Porque a boa política é baseada no diálogo. E isso Gilson Andrade o fez. Se um aumento maior não foi possível nesse momento, que os vereadores questionassem, até. Mas o sindicato dos servidores não se dignar a responder e depois sair apregoando que a gestão estanciana não faz nada pelos seus servidores aí é uma sacanagem terrível!
E nem venham com nhém-nhém-nhém de que “foi pouco o aumento” e coisa e tal! O problema é ver que quem deveria representar os servidores ficou na entoca, não retornou para dialogar e até mesmo discordar e, na hora do voto, se aboletou numa trincheira “oposicionista” única e exclusivamente para tentar manter o discurso de uma “suposta” defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.
Ao não dialogar e, na hora de votar, se posicionar simplesmente contra, o presidente de Sindseme e seu companheiro de PSOL não foram coerentes com nada a não ser com aquele mote de que “quanto pior, melhor”. Ou seja: ambos se posicionaram – e o mais preocupante é o vereador que preside o sindicato se acovardar dessa maneira – para que nem o aumento possível fosse dado, visto que nem contraproposta o sindicato levou e, assim, os servidores que se virassem.
E isso lá é postura de quem representa os interesses dos trabalhadores? E isso lá é postura de quem foi eleito para o Legislativo? Não, leitor e leitora, de jeito nenhum. Isso é uma postura de quem quer apenas desgastar o Executivo para, quem sabe, chegar mais forte nas eleições vindouras! E isso é lamentável! Sem mais!